segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Vítor Pereira fala de cansaço, Manuel Fernandes pondera reforma

Vítor Pereira, treinador-adjunto do F.C. Porto, e Manuel Fernandes, treinador do Vitória de Setúbal, em declarações à TVI, após o jogo entre as duas equipas, que terminou com vitória dos «dragões» (1-0):


Vítor Pereira:

«Tivemos uma primeira parte bem conseguida, frente a uma equipa que praticamente abdicou de atacar. Fizemos 15 remates à baliza, o suficiente para vencer ao intervalo. Depois do esforço de Viena, mais a viagem, é compreensível que na segunda parte se sentisse alguma dificuldade do ponto de vista físico. E quando assim é, começamos a pensar mal o jogo. Foi um jogo em que uma equipa fez tudo para vencer, assumiu as despesas do princípio ao fim, e outra que esperou pela segunda parte. Só através de bolas longas e segundas bolas é que criaram perigo.»

«Não digo nada sobre o árbitro. Aquilo que tenho de enaltecer é o espírito de sacrifício. Os campeões fazem-se assim. São oito pontos de vantagem sobre o rival mais directo, que lhe vão retirando confiança. É natural termos alguns jogos mais bem conseguidos, e outros menos conseguidos. Pagámos a factura de um jogo tremendo que fizemos em Viena.» 

Manuel Fernandes:

«Não compreendo nada. É uma tristeza. O futebol é isto mesmo. Os meus jogadores não mereciam. Ouvi os adeptos do F.C. Porto chamar gatuno ao árbitro, e talvez tenham razão, mas não é por beneficiar o Vitória, de certeza. Os meus jogadores foram rigorosos, sabiam que iam jogar contra a melhor equipa de Portugal. Não nos deixaram retardar mais o golo do F.C. Porto. Já fomos prejudicados mais do que uma vez. Posso ser castigado, mas o árbitro teve um dia mau. Nós, jogadores e treinadores, também temos. Foi triste o que vi aqui. Tenho mais dois anos de contrato com o Vitória, e depois vou pensar se vale a pena continuar no futebol.»


in "mISFUTEBOL.IOL.PT"

F.C. Porto-V. Setúbal, 1-0 (crónica)

Líder escapou ao castigo máximo numa noite de dolce fare niente



Dolce fare niente, o F.C. Porto de pijama e pantufas numa noite caseira, um visitante chato que ameaçou estragar a noite. Os dragões contentaram-se com uma refeição ligeira, entrega ao domicílio, sem imaginar o risco de indigestão. Hulk marcou o seu castigo máximo (1-0), Jaílson atirou para o céu e motivou o maior festejo da noite.

O Vitória esteve em jogo até ao final, não quebrou com uma grande penalidade duvidosa e espreitou o empate com outra. Elmano Santos mandou o sadino repetir, à segunda nem acertou na baliza, Jaílson disparatou e o Dragão, cansado pela noite europeia, agradeceu. 

As trombas de água desde início de Dezembro puxam para o aconchego, lareira acesa, chocolate quente, dormência sob um longo cobertor. Os adeptos do F.C. Porto trocaram o estádio pelo sofá. O líder da Liga sentiu-se tentado a fazer o mesmo.

O V. Setúbal lançou o engodo. Com jogo lento, repleto de trocas de bola, passes curtos a aconselhar uma desaceleração generalizada. Algo com o cobertor que nos envolve, desaconselha movimentos bruscos, promete levar-nos pela noite fora, sem sobressaltos, com contínua sensação de conforto.

Chegar a casa para o conforto

À meia-hora, os homens de André Villas-Boas pareciam convencidos. O Vitória atacava pouco ou nada, recebia a bola e circulava sem subir, perdia a bola e fechava-se em concha, muitas pernas pelo caminho dos dragões, iniciativa dada para movimentos simples e inconsequentes.

O F.C. Porto, que até chegara a casa com entusiasmo, deixou-se vencer pela inércia e acomodou-se. Ocupou o sofá e limitou-se a esperar, a longa espera por um momento de real entusiasmo numa noite fria. 

Rodriguez, esforçado, viu Diego voar para lhe negar um golo feito. Antes, já o redes do Vitória defendera uma bola de Sapunaru. Depois, outra de Guarín. E mais outra de Moutinho, cada vez maior.

Tudo isto, compilado, parece suficiente. 19 mil almas, numa das piores assistências do Dragão, esperavam mais. Esperaram, esperaram, foram esperando até ao minuto 40, quando a trave devolveu o remate de Belluschi e anunciou o golo inaugural.

Escrever certo por linhas tortas

O F.C. Porto escreveu certo por linhas tortas. Não acreditou na lesão de Bruno Gallo e subiu pelo flanco direito, apesar de contínuos apelos para colocar a bola fora. Fucile chegou onde queria e cruzou para a área, onde Collin embrulhou-se com Falcao e viu Elmano Santos apontar para a marcar.

Dúvidas no castigo máximo, muitas dúvidas, que nem a fidedigna televisão permite esclarecer. O árbitro, bem colocado por sinal, não hesitou. Hulk, o goleador-mor da Liga, também não. O bravo Diego, belo guarda-redes, esticou-se sem evitar a desvantagem sadina.

Zeca a ameaçar o final do filme

O Vitória regressou das cabines com «score» negativo e cara nova: Gallo estava mesmo lesionado e ficou no banho. Zeca entrou para dar o primeiro aviso a Helton: acabara-se a noite de tréguas. Cristian Rodriguez ainda ameaçou o 2-0 antes de quebrar, Pitbull provou que foi incompreendido com uma exibição ameaçadora. 

Com hora de jogo, ninguém garantia o final do filme. O F.C. Porto aceitava humildemente defender, como a equipa sadina fizera durante largos períodos. 20 remates depois, vantagem mínima no marcador. 

André Villas-Boas, algures na bancada do Dragão a cumprir castigo, repetia a mensagem: é preciso vencer até ao Natal. A cada aviso do Vitória, o Porto levanta-se do sofá. Abria a pestana sem acordar de vez. Adormeceu antes do tempo e arriscou. Arriscou demasiado, vendo Elmano Santos descortinar mais um castigo pouco consensual.



in "maisfutebol.iol.pt"

F.C. Porto-V. Setúbal, 1-0 (destaques)

João Moutinho, um utilitário de alma acoplada



João Moutinho, alma utilitária
Pormenor soberbo a meio da primeira parte. Bola protegida, rodopio e toque de calcanhar a servir Emídio Rafael. Prova inequívoca de confiança, coragem e, acima de tudo, qualidade. Primeira parte excelente, intensa, contagiante. Menos participativo na etapa complementar, ainda que sempre útil. Perto do golo aos 29 minutos, a obrigar Diego a uma defesa para canto num remate de longe. Pés de veludo, visão panorâmica, cabeça sempre erguida.

Hulk, genial e confuso
Noite de definição ambígua. Fez um golo de penalty, pulverizou os adversários em arrancadas portentosas, mas aproximou-se demasiadas vezes daquele Hulk complicativo e irritante. Aquele que o assolava antes de se tornar o jogador brutal que conhecemos. Fica, por isso, a nota a um comportamento oscilante, confuso, ainda que pincelado por traços de genialidade. Desastrado a rematar.

Cristián Rodríguez, sorte severa
Época severa para o uruguaio. Demasiado severa. Na estreia a titular para o campeonato, uma nova lesão muscular interrompeu abruptamente uma prestação com muitos pontos de interesse. Adivinha-se mais uma paragem longa. Entendimento harmonioso com Emídio Rafael. Recepção, passe, movimentação e recepção. Dois bons pontapés de longe, um cabeceamento a merecer golo e três ou quatro passes falhados direitinhos à impaciência dos adeptos. É o momento mais negro desde a sua chegada ao F.C. Porto.

Collin, poder sadino
O auto-elogio saiu-lhe naturalmente: tenho valor para jogar no F.C. Porto. Talvez tenha. Corpulento, intimidador, concentrado no corte e poderoso nas bolas pelo ar. Decisivo na anulação de alguns ensaios ofensivos do dragão. Regressa a Setúbal certamente mais convencido daquilo que afirmara antes do jogo.

Diego, instantes heróicos
Um dos melhores em campo, claramente. Uma, duas, três, quatro defesas tremendas e de elevado grau de dificuldade. Dois voos absolutamente heróicos a sacudir para canto o golo que se anunciava. O Vitória tem uma das defesas menos batidas da Liga. Percebe-se porquê.

Cláudio Pitbull, pronto a morder
Desaproveitado no F.C. Porto, faz questão de mostrar o que vale quando defronta os dragões. Demonstrou categoria e muito saber. Tranquilo com a bola nos pés, ambicioso na hora do remate, esteve sempre perto de morder a baliza de Helton.

Otamendi e Emídio Rafael, notas soltas
Sem Maicon e Alvaro Pereira, o argentino e o jovem português ganham espaço na defesa. Otamendi esteve muito regular, jogou simples, impôs a sua velocidade e o poder de antecipação. Convenceu, uma vez mais, apesar do penalty cometido perto do fim. Rafa nem por isso. A este nível um lateral não pode falhar tantos passes. Não terá sido à toa que Villas-Boas o substituiu na fase derradeira. Tem grande qualidade, criou desequilíbrios na defesa sadina com subidas exemplares, entendeu-se bem com Rodríguez mas, lá está, entregou a bola erradamente vezes a mais. 

Olho no retrovisor e pé no acelerador

Este podia muito bem ser o jogo mais espectacular fora das quatro linhas, mas, por causa do castigo de Villas-Boas, Manuel Fernandes vai ficar a saltar e a gesticular sozinho no banco. Aliás, tivesse o Setúbal a energia do seu treinador e o saldo podia ser outro: três vitórias, quatro empates e cinco derrotas não entusiasmam ninguém. Fora de casa, então, a parcela é ainda mais pobre: uma vitória, um empate e quatro derrotas; dois golos marcados e oito sofridos. No FC Porto, o reflexo tem sido fiel: a equipa espelha em campo a energia de Villas-Boas, também ele um adepto incondicional do exercício físico durante os jogos. Desta vez, fica pela bancada, em sinais de fumo para uma equipa que tem jogado de olhos fechados. É por isso que continua a ser a única sem derrotas na Europa (e já lá vão 22 jogos oficiais), mantendo a cabeça a prémio. Os olhos, esses, estão postos no retrovisor, onde o Benfica já se vê. A uma distância provisória de cinco pontos. Acelerar é, por isso, a indicação para hoje. Sem Varela, sem Álvaro Pereira, mas com argumentos de peso.


FC Porto - V.Setúbal

19h45 horas TVI

Estádio do Dragão

in "ojogo.pt"

Fucile e Rafa: cabem os dois na equipa

É um onze com os nomes fortes, mas com mexidas em todos os sectores aquele que André Villas-Boas vai apresentar hoje à noite. Os problemas físicos para elaborar a lista de convocados são os grandes responsáveis por algumas alterações, mas não só.

Depois de não ter viajado para Viena porque não está inscrito na Liga Europa, Emídio Rafael está de volta aos convocados e possivelmente ao onze, substituindo Fucile. E isso quer dizer que o uruguaio salta da equipa? Não necessariamente, porque a ideia de Villas-Boas tem sido a de utilizar o defesa-direito mais ofensivo nos jogos em casa. Ou seja, Sapunaru pode muito bem voltar ao banco e, deste modo, devolver Fucile à direita. Rolando e Otamendi (Maicon vai cumprir castigo) completam o sector.

A ala esquerda vai ser reformulada, isso é certo, e não só devido a Emídio Rafael. Sem Varela, Rodríguez também está convocado (cumpriu castigo na Liga Europa) e tem entrada directa para o ataque. Um dos concorrentes (James) não foi convocado, depois de ter sido opção com o Rapid. No meio-campo, Guarín rende Fernando, Rúben regressa ao banco e Souza continua fora das opções.

Novidade é também a chamada de Walter, mais ou menos antecipada pelo treinador. E, já agora, o guarda-redes Kieszek, que integra pela primeira uma lista de convocados no campeonato.

in "ojogo.pt"

"Com boa proposta pode sair no final da época"

Hulk prepara-se para receber o prémio de melhor jogador do campeonato português pelo quarto mês consecutivo, facto que, por si, comprova a preponderância do Incrível no FC Porto desta época.

Assistências e golos têm feito parte do cardápio do brasileiro, não só em Portugal mas também na Liga Europa, despertando a cobiça de outros emblemas que o empresário, Teodoro Fonseca, não esconde. "Muitos clubes têm vindo sondar, mas garanto que o Hulk só sai no final da temporada se houver uma boa proposta para ele e para o FC Porto, ou a menos que alguém pague a sua cláusula de rescisão, entretanto, como é óbvio", declarou Teodoro Fonseca, sabendo ser impossível ter um cheque de 100 milhões à disposição.

À margem do eco desses anunciados interesses, os objectivos de Hulk são claros: conquistar títulos ao serviço do FC Porto. A Liga portuguesa e a Liga Europa são metas a atingir esta temporada, de forma a alicerçar outros voos: "Com títulos individuais e colectivos isso só provará que ele é um jogador de qualidade e que trabalha para o grupo. O Hulk tem feito muitos golos e assistências". lembra.

Esse sentido mais colectivo no estilo de jogo não o impede de ser o melhor marcador do campeonato e um dos melhores da Liga Europa, justificando-se, assim, o acompanhamento que tem vindo a ser feito por outros clubes, mas sem desdenhar, como sublinha Teodoro Fonseca, aquele em que já está. "O FC Porto é um grande clube e o que ele deseja é que o próximo passo na carreira seja para um clube ainda maior e uma liga mais competitiva, como a de Inglaterra, Alemanha, Itália ou Espanha. Aliás, já fomos abordados por clubes desses quatro campeonatos", confessou o empresário, que conhece bem o mercado e o jogador que tem entre mãos: "Como jogador, é um avançado com qualidades raras no futebol moderno, decisivas para despertar ainda mais atenções, porque ele é dos poucos que combinam força, técnica, velocidade e que tem um pé esquerdo excelente". Predicados que têm sido ainda mais evidentes esta temporada. À entrada do mês de Dezembro, Hulk já ultrapassou as médias de eficácia registadas nas duas primeiras épocas ao serviço do FC Porto.

"Estes prémios provam a grande temporada dele"

Os prémios de melhor jogador da Liga portuguesa são sinal de reconhecimento, mas mais do que isso, podem aproximar Hulk de outros objectivos: "Estes prémios da Liga portuguesa são muito importantes para ele, apesar do Hulk colocar os títulos colectivos à frente dos individuais. Mas de qualquer forma era esperado que fosse distinguido de novo, porque tem feito uma grande temporada. Através disso, acredito que ele se motive muito mais e que se aproxime mais da selecção brasileira, que é um dos seus grandes objectivos, para além de vencer a Liga portuguesa e a Liga Europa".

Rendimento de Hulk no campeonato

É um hábito que Hulk renova a cada mês. Considerado pela terceira vez consecutiva o melhor jogador da Liga, hoje, antes do jogo com o Setúbal, o brasileiro vai receber o prémio relativo a Novembro. Para juntar lá em casa ao de Outubro e Agosto/Setembro. Com 11 golos (ver repartição por mês no quadro ao lado) em outros tantos jogos, no mês de Novembro Hulk ajudou a amassar o Benfica com dois golos e ainda marcou outro ao Portimonense. Com o Sporting ficou em branco. Mas a atribuição do prémio não terá tido apenas justificação nos golos. Há as fintas, as arrancadas e os remates. O domínio do brasileiro foi ameaçado pelo companheiro Falcao, que recebeu 19 por cento dos votos, menos três do que ele. E João Moutinho ficou em terceiro.

in "ojogo.pt"

Varela só volta a jogar para o ano

Varela vai falhar o jogo de hoje com o Setúbal, tal como O JOGO já tinha avançado, mas também não vai participar, pelo menos, nos três encontros seguintes que encerram 2010. Por culpa de uma lesão na coxa direita, o extremo só deverá voltar à equipa em 2011, provavelmente quando o Marítimo visitar o Dragão, no dia 9 de Janeiro (15ª jornada). Em Viena, Varela saiu ao intervalo e o clube informou no dia seguinte que tinha uma mialgia na coxa direita e que estava sujeito a tratamento, regime que, de resto, mantém. Fernando também está fora da convocatória devido a uma tendinite no joelho direito, juntando-se a Álvaro Pereira e a Beto. Se quanto ao médio brasileiro e ao defesa uruguaio as expectativas são de que voltem a jogar ainda este ano - depois do Setúbal há Juventude de Évora e CSKA de Sófia, ambos em casa, e Paços de Ferreira fora -, o guarda-redes só estará disponível em Janeiro.

in "ojogo.pt"

Walter nas contas para receber sadinos

VARELA E FERNANDO FORA DA CONVOCATÓRIA


Varela e Fernando são baixas nos convocados do FC Porto, que segunda feira recebe o V. de Setúbal, em jogo que encerra a 13.ª jornada da Liga Zon Sagres. Destaque para o regresso de Walter à lista do técnico dos dragões.
Os dois jogadores saíram lesionados durante a partida de quinta-feira, com o Rapid Viena, e não recuperaram a tempo de defrontarem os sadinos.
O treinador André Villas-Boas também não pode contar com o guarda-redes Beto, que se lesionou no aquecimento para a partida a Liga Europa, tendo ainda prescindido do extremo James Rodríguez.
Novidades nos convocados são também os regressos de Pawel Kieszek, Cristian Rodríguez e Emídio Rafael.
De fora ficou o central Maicon, que vai cumprir um jogo de castigo, depois da expulsão frente ao Sporting, na jornada anterior.
Quem também continua sem poder dar o contributo à equipa é o lateral-esquerdo Alvaro Pereira, que recupera de uma lesão no úmero.
O FC Porto, líder da Liga, recebe o Vitória de Setúbal às 19H45 de segunda-feira, em partida que será arbitrada por Elmano Santos, da Madeira.
Lista de convocados:
Guarda-redes: Helton e Pawel Kieszek.
Defesas: Fucile, Rolando, Emídio Rafael, Sereno, Sapunaru e Otamendi.
Médios: Guarín, Belluschi, João Moutinho, Castro e Ruben Micael.
Avançados: Falcão, Cristian Rodríguez, Hulk, Walter e Ukra.

Falcão bate as asas rumo à melhor série

JÁ FATURA HÁ 5 JOGOS CONSECUTIVOS



Falcão está a viver um momento incrível no FC Porto. O internacional colombiano marca há cinco partidas sem interrupções, e se o voltar a fazer esta noite, frente ao V. Setúbal, iguala aquela que ainda é a sua melhor série de jogos consecutivos a marcar, ao serviço dos azuis e brancos. Mais: iguala e, ao mesmo tempo, melhora-a. Passemos a explicar.
Entre o final da época passada e o início desta, El Tigre apontou 8 golos em 6 jogos consecutivos. Os mesmos que assinou nas últimas cinco partidas da corrente temporada. Ou seja, esta noite, se marcar pelo menos um, o avançado não só iguala a tal série como também a melhora, tendo em conta o número de golos apontados nesse período.
Depois de ter faturado nos últimos 5 jogos que realizou na época passada, Falcão entrou na atual com o pé quente, assinando um dos golos da vitória sobre o Benfica, para a Supertaça. Depois, ficou em branco na primeira jornada da Liga, interrompendo desta forma aquela que ainda é a sua melhor série. Em todo o caso, esta não será a única fasquia que o colombiano vai querer ultrapassar na receção ao V. Setúbal.
Beneficiando do facto de ter jogado mais cedo do que Falcão, o avançado Carlão, da U. Leiria, ultrapassou o portista na lista dos melhores marcadores da Liga, sendo agora o 2.º classificado, logo atrás de Hulk. Como goleador que é, Falcão vai querer recuperar a sua posição no referido pódio. Para que o consiga terá de marcar pelo menos 2 golos, sendo que se marcar apenas um dividirá o 2.º lugar com o atleta leiriense.
De resto, marcar ao V. Setúbal nem sequer é novidade para o avançado colombiano. Na época passada, a meio daquela que ainda é a sua melhor série de jogos consecutivos a marcar, apontou dois aos sadinos, no Bonfim. Resta-lhe fazer o mesmo, agora no Dragão.
Apesar de ter estas metas em vista, a verdade é que Falcão teve um domingo extremamente tranquilo, conforme escreveu no seu Twitter: “Dia ideal para ver filmes.”
in "record.pt"

Emídio merece toda a confiança

LATERAL RECUPERA LUGAR NA ESQUERDA



Emídio Rafael vai reassumir a titularidade no lado esquerdo da defesa, depois de ter falhado o jogo com o Rapid Viena por não estar inscrito na UEFA. O jovem, de 24 anos, formado nas escolas do Sporting, tem merecido toda a confiança de Villas-Boas desde que Alvaro Pereira foi obrigado a parar, evitando que a equipa se ressentisse do desequilíbrio provocado pelos problemas que afetam a asa esquerda. Nos últimos 4 jogos foi possível observar outras tantas duplas naquele flanco e esta noite vamos assistir a uma quinta, com Emídio a contar com a companhia de Rodríguez.
Uma situação que contrasta com o cenário da época passada, onde Alvaro e Varela eram titulares quase absolutos. Isso só não acontece neste momento, uma vez que ambos estão impedidos de dar o seu contributo à equipa. Villas-Boas é que não lamenta, preferindo colocar-se ao lado daqueles que serão titulares e mesmo dos que, estando na corrida, serão preteridos, como é o caso de Fucile. O uruguaio foi bastante elogiado pelo treinador devido à exibição feita na Áustria, facto que não é suficiente para repetir a titularidade, pelo menos no lado esquerdo. O sul-americano perdeu o papel principal que teve no onze, mas continua com o seu estatuto intacto no grupo.
in"record.pt"

Rodríguez em noite de estreia

PREPARA-SE PARA SER TITULAR NO CAMPEONATO


A estreia de Cristian Rodríguez a titular no campeonato é um dos grandes atrativos para o jogo desta noite, frente ao V. Setúbal, no qual os dragões procuram a 11.ª vitória na competição. Perante a ausência de Silvestre Varela, é grande a expectativa em torno daquilo que poderá fazer o internacional uruguaio no lado esquerdo do ataque, ele que tarda em arrancar uma exibição que se coadune com o seu estatuto no plantel portista e no futebol português.
Com efeito, parece estranho que um jogador como Cebola tenha de esperar até à 13.ª jornada para merecer a primeira chamada ao onze de André Villas-Boas. Uma situação que se explica não só pela qualidade de Varela como também pelo arranque de época atribulado, uma vez mais, do sul-americano. Desta feita, não foi nenhuma lesão ao serviço da seleção que o impediu de lutar desde o início por um lugar na equipa. O problema foi o nível de forma muito baixo que apresentou desde o primeiro dia de trabalho.
Tal facto foi determinante para que nunca se tivesse assumido como uma verdadeira alternativa ao Drogba da Caparica. Só assim se explica a sua entrada em cena tão tardiamente, até porque na época transata, mesmo com os problemas físicos que o perseguiram, fez a sua estreia a titular na Liga à 8.ª jornada, diante da Académica.
Montra
Curioso, em ambos os casos, é que sua presença no onze foi mais constante nas competições da UEFA. Na temporada anterior, antes de ser chamado no campeonato, já tinha estado em dois encontros da Champions: Chelsea e Apoel Nicosia. Na campanha em curso, o uruguaio, de 25 anos, também avançou para a equipa inicial em quatro momentos, sempre na Liga Europa: Rapid Viena, CSKA Sofia e duas vezes com o Besiktas.
Villas-Boas tem-se preocupado em dar oportunidades ao extremo e a Europa tem sido a montra preferencial. Só que as exibições têm deixado muito a desejar, ao ponto de ter sido expulso na receção aos turcos. Foi assim que falhou a deslocação a Viena.
Apesar de ter contrato até 2012 e contar com grande empatia por parte dos adeptos portistas, Rodríguez não é, nem de perto nem de longe, um dos jogadores com o rótulo de indiscutível. O Atlético Madrid, de Quique Flores, anda por perto...
in "record.pt"

Ora então diga lá 33. A marca de Villas-Boas

Hoje, o FC Porto pode igualar o seu próprio recorde de invencibilidade em todas as competições, estabelecido por José Mourinho em 2004


Ele há com cada uma... É a semana das coincidências lá para os lados do Dragão. Na quinta-feira, 3-1 ao Rapid em Viena (local da conquista da Taça dos Campeões-87), com muita neve à mistura (cenário da gloriosa final da Taça Intercontinental-87). Hoje, é o número 33 que está na moda. É a idade de André Villas-Boas e pode ser, em caso de vitória ou empate frente ao V. Setúbal, o extraordinário registo de jogos sem perder do FC Porto desde 21 de Março de 2010, incluindo todas as competições nacionais e internacionais. Se a isto juntarmos a nota positiva de Jorge Sousa (3,3) no clássico com o Sporting, apelidada de ridícula por Villas-Boas, percebemos que o fenómeno anda por aí.

De momento, o recorde portista de invencibilidade pertence a José Mourinho (quem mais?). Entre 5 de Outubro de 2003 e 28 de Março de 2004, a equipa azul e branca ganhou 27 jogos e empatou seis (Moreirense, Marítimo, Real Madrid, Sporting, Benfica e Manchester United) antes de cair com o Gil Vicente, em Guimarães, por um inapelável 2-0, golos de Gaspar (63'') e Luís Coentrão (66''). Foi, aliás, uma época inesquecível.

Face às saídas de Capucho (Rangers) e Hélder Postiga (Tottenham), José Mourinho trocou o 4x3x3 pelo 4x4x2, construindo uma dupla de ataque mortífera (Derlei e McCarthy), resguardada por um misto de criatividade (Deco) e força/rigor (Pedro Mendes, Maniche e Costinha). Sem hipotecar a fantasia, a equipa consolidou ainda mais a eficácia. Que o digam Manchester United, Lyon, Deportivo e Monaco, os adversários da fase final da Champions: nenhum deles conseguiu travar a máquina portista, que, na final, goleou por 3-0!

O FC Porto de 2003-04 conquistou, por ordem cronológica, a Supertaça nacional (U. Leiria), o bicampeonato português e a Liga dos Campeões, com apenas uma derrota em 13 jogos (1-3 nas Antas, com o Madrid de Queiroz), precisamente aquela que permitiu iniciar a fantástica e invicta série de 33 jogos.

André Villas-Boas, com a ajuda de Jesualdo Ferreira, anda lá perto. O FC Porto não perde há 32 jogos, desde 21 de Março de 2010, naquela noite da final da Taça da Liga, perdida de forma inequívoca para o Benfica por 3-0. Curiosamente, ou não, Hulk recomeçou a jogar a partir daí. E é o que se vê...

Jesualdo Ferreira iniciou esta série com dez vitórias seguidas antes de passar o testemunho a Villas-Boas, que somou 11 triunfos seguidos, até ao empate em Guimarães (1-1). Seguiram-se mais dez jogos sem perder, incluindo o último em Viena, que permitiu igualar a segunda melhor marca, a cargo de Bobby Robson e António Oliveira: 28 vitórias e quatro empates em 32 jogos, entre Abril de 1996 e Fevereiro de 1997.

Hoje, o V. Setúbal aparece no Dragão. Para dizer 33? Não se sabe. É o mais provável, porque a última vez que foi desmancha-prazeres com o FC Porto foi em Maio de 1989. O treinador dos setubalenses era Manuel Fernandes. Como hoje. Ele há com cada uma...

Hoje é dia de FC Porto-V. Setúbal, às 19h45, na TVI


in "ionline.pt"

Santana tem espaço no pensamento azul

ARGENTINO EM EQUAÇÃO PARA A PRÓXIMA ÉPOCA



Há algum fundo de verdade na notícia que a “Gazzetta dello Sport” deu ontem à estampa. Mario Santana, médio da Fiorentina, é um dos nomes que merece equação por parte da SAD com vista à próxima época. O facto de o argentino estar em final de contrato torna-o atrativo, já que é um elemento de reconhecida experiência internacional e que pode enquadrar-se num contrato curto e virado para o imediato. Ou seja, o contrário do que é prática da casa, onde se privilegiam jogadores jovens e com grande margem de valorização futura.
Há exceções à regra e é aí que se enquadra Santana, que tem grande andamento na Serie A italiana, mas que quer mudar de ares e tem tido uma utilização intermitente com Sinisa Mihajlovic no comando do conjunto de Florença. A dias de completar 29 anos (no dia de Natal), o médio-ala é visto como uma possibilidade para o reforço da equipa em 2011/12, mas não há decisões tomadas nesse sentido, até porque o jogador só é livre para entrar em conversações com outros clubes a partir de janeiro.
O FC Porto tem contactos que o levam até Santana, mas caberá agora à estrutura dirigente e à equipa técnica avaliar a pertinência da aquisição. É que Santana é, naturalmente, um jogador caro, o que o obrigaria a fazer algumas cedências contratuais, tendo em conta o ciclo da sua carreira e os cortes com o pessoal que a SAD azul e branca tem levado a cabo para garantir a saúde das suas finanças.
Santana foi ontem titular no triunfo da Fiorentina sobre o Cagliari (1-0), tendo somando a oitava aparição no onze em 15 jornadas de campeonato. Após a quinta temporada no conjunto viola, o internacional argentino quer encontrar outro rumo para a sua carreira.
in "record.pt"