domingo, 16 de janeiro de 2011

F.C. Porto-Naval, 3-1 (crónica)

Hulk e Falcao. Falcao e Hulk, para os que preferirem. Dupla destinada à eternidade no reconhecimento do Dragão. Sem querer emudecer os ecos do passado, há uma evidência a assinalar: estes dois fazem já parte da galeria notável e elitista de avançados e goleadores do F.C. Porto. Dois golos para um, um golo para outro, Naval abatida após ter lançado uma interessante emboscada no território do líder.

Comecemos por aqui. Ainda embalada na aragem triunfal de Guimarães, a equipa de Carlos Mozer quis controlar o jogo, bloquear o acesso à sua baliza e manietar os saqueadores de Villas-Boas. Mas, como emboscar um pelotão de homens que tem, não um, mas dois Zorros? A estratégia resultou durante 44 minutos, aproveitou o entorpecimento das tropas contrárias e até ensaiou um ataque perigosíssimo através de Fábio Júnior e Marinho. 

Nada feito. A espada de Falcao desenhou o primeiro rasgão nas costas navalistas e a de Hulk dilacerou a esperança do último classificado do campeonato. À ida para o intervalo, os valentes de Mozer perceberam o quão inútil terá sido tanta concentração, tanta organização e tanta crença. 

Depois, na etapa complementar, houve demasiados sargentos Garcías. Ineptos, trapalhões, expostos uma e outra vez à baioneta dos dois Zorros e respectiva plêiade. O F.C. Porto resistiu bem à tal emboscada, superou o cerco e aproveitou a noite irrepreensível dos seus dois melhores marcadores. 

Tudo até podia ter sido mais simples se Silvestre Varela, ao invés da trapaça, tivesse optado pelo que se impunha. Isolado diante de Romain Salin, hesitou, puxou a bola para a esquerda e, ao perceber o erro, atirou-se para o relvado. Cartão amarelo bem mostrado pelo árbitro. 

Perante tamanha clemência, e ainda antes de perecer às mãos da dura led, sed lex da ditadura reinante (nove jogos, nove vitórias do F.C. Porto em casa) , a Naval pôs a cabeça de fora e assustou. Sem efeitos práticos, a rebelião morreu naquela finalização disparatada de Marinho. 

Orquestrado por um magistral João Moutinho (tanta, mas tanta qualidade), em passes verticais e nalgumas triangulações ziguezagueantes, o dragão começou a impor a sua superioridade, até dar as estocadas fatais através de Falcao e Hulk. 

A primeira nasceu num lançamento lateral na esquerda, passou por Varela e acabou na conclusão simples do colombiano; a segunda foi uma combinação tripartida (Falcao, Belluschi e Hulk) e derramada no remate do brasileiro; a terceira contou com a benesse desastrada de Orestes, antes da corrida frenética e golo de Hulk.

A história parecia definitivamente encerrada, mas antes do apito final ainda houve uma recompensa justa. A Naval marcou de grande penalidade, por Orestes, numa altura em que as espadas e as máscaras do F.C. Porto já estavam encostadas a um canto. 

in "maisfutebol.iol.pt"

90 minutos de peripécias, voltas e mais voltas para duas conclusões: o F.C. Porto segue livre e bem vivo na liderança: a Naval, com Mozer, é uma equipa mais valente e capaz de acreditar em si mesmo. 

SUPERSTEMPIN DEU LIÇÃO À ACADÉMICA

À segunda jornada da Taça Hugo dos Santos, foi a vez de tombar a Académica (79-76), precisamente o único adversário que fora capaz de surpreender os Dragões ao longo da primeira volta da Liga. Novamente MVP, Greg Stempin voltou a desempenhar um papel determinante na vitória dos azuis e brancos, que defrontam o Benfica no domingo, na última ronda da prova.

Depois da exibição da véspera, no dilatado triunfo (83-49) sobre o Guimarães, a performance de Stempin frente à Académica foi simplesmente fantástica, com o norte-americano a compor um «duplo-duplo» de 27 pontos e 11 ressaltos, ao qual juntou ainda 5 assistências, num registo de capital importância nos números globais do jogo e, em particular, nos do quarto período: com a equipa de Coimbra a encurtar drasticamente a diferença de 14 pontos (63-49) selada no final do terceiro quarto, o norte-americano somou 9 dos 16 pontos conseguidos pelos Dragões nos últimos dez minutos. 

Mais do que ser o homem do jogo, Stempin «acabou» também com ele. A 24 segundos do final, na linha de lances livres, converteu os dois lançamentos e elevou para 78-74 o resultado, que passava a assumir uma margem aparentemente insuperável. Miguel Miranda ainda acrescentaria mais um ponto à contabilidade portista e, quando os azuis e brancos deixaram que Tiago Pinto reduzisse, já não sobrava mais tempo para jogar.

O FC Porto Ferpinta fecha a competição às 16 horas de domingo, defrontando o Benfica e dependendo apenas de si para revalidar a conquista da Taça Hugo dos Santos, troféu que substituiu a Taça da Liga na época passada e envolve, desde sexta-feira, no Pavilhão Municipal do Sabugal, os quatro primeiros classificados da primeira volta da Liga.

FICHA DO JOGO

Taça Hugo dos Santos, 2ª jornada
15 de Janeiro de 2011
Pavilhão Municipal do Sabugal

FC PORTO FERPINTA (79): José Costa (9), Carlos Andrade (6), João Santos (3), Miguel Miranda (8) e Greg Stempin (27); Julian Terrell (9), Sean Ogirri (13), Nuno Marçal (2), Diogo Correia (2), João Soares (0), David Gomes (0)
Treinador Moncho López

ACADÉMICA (76): Diogo Simões (11), Fernando Sousa (18); William Holland (14), Matthew Shaw (8) e Tommie Eddie (20); Pedro Rebelo (0), Tiago Pinto (5), Francisco Destinto (0), Daniel Caluico (0)
Treinador: Norberto Alves

Ao intervalo: 39-27
Por períodos: 25-16, 14-11, 24-22 e 16-27


in "fcp.pt"

VITÓRIA DIFÍCIL MAS JUSTA SOBRE O ÓQUEI DE BARCELOS

Na antevisão da recepção ao Óquei de Barcelos, o guarda-redes Nélson Filipe já tinha sublinhado que os duelos com os minhotos não deixaram de ser clássicos do hóquei em patins português. Esse estatuto confirmou-se na tarde de sábado, com uma vitória difícil (6-5), mas mais do que merecida dos Dragões.

Para não se atrasarem na luta pelo primeiro lugar, os azuis e brancos sabiam que só a vitória interessava. O FC Porto Império Bonança assumiu as rédeas do encontro desde o apito inicial, chegando ao 3-1 aos 16 minutos, com tentos de André Azevedo, Pedro Gil e Reinaldo Ventura (na recarga de um penalti). Os barcelenses, actuando em contra-ataque, nunca baixaram os braços e conseguiram o 3-3 em cima do intervalo.

Após o descanso, o FC Porto voltou a carregar e chegou ao 5-3. Porém, um remate aparentemente inofensivo dos visitantes ressaltou em Pedro Moreira e resultou no 5-4, atribuído a Márcio Rodrigues. Gonçalo Suíssas ainda fez o 6-4, mas Jorge Maceda recolocou o Barcelos a um golo do empate, a sete minutos do fim do jogo. No entanto, os portistas não permitiram nova igualdade, numa partida em que se destaca a actuação de Reinaldo Ventura, com dois golos e três assistências.

No final, o técnico Franklim Pais analisou o desafio: «Foi um bom jogo, em que ambas as equipas foram correctas. Tivemos uma boa vantagem na primeira parte e acabámos por consentir o equilíbrio. No entanto, foi uma vitória justa e merecida, que o Barcelos dificultou ao máximo. Temos de rectificar alguns aspectos que vimos nos minutos finais. Da forma como está o hóquei, um ou dois golos de vantagem não são suficientes para descansar. Os critérios de arbitragem só nos deixam descansar após o apito final. Tentámos defender bem, mas sofremos alguns golos infelizes. Cada jogo do campeonato será uma final».

FICHA DE JOGO

FC Porto-Óquei de Barcelos, 6-5
Campeonato nacional, 14.ªjornada
15 de Janeiro de 2011
Pavilhão Dragão Caixa, no Porto
Assistência: 953 espectadores

Árbitros: Joaquim Pinto (Porto), José Monteiro (Minho) e Júlio Antão (Porto)

FC PORTO: Edo Bosch (g.r.), André Azevedo, Reinaldo Ventura, Pedro Gil e Pedro Moreira
Jogaram ainda: Filipe Santos «cap.», Gonçalo Suíssas e Emanuel Garcia
Treinador: Franklim Pais

ÓQUEI DE BARCELOS: João Pereira (g.r.), António Leal «cap.», Nuno Almeida, Samuel Costa e Jorge Maceda
Jogaram ainda: Paulo Matos (g.r.), André Rodrigues, Nuno Félix e Márcio Rodrigues
Treinador: José Fernandes

Ao intervalo: 3-3
Marcadores: André Azevedo (7m), Pedro Gil (11m), António Leal (15m e 24m), Reinaldo Ventura (16m e 28m), Jorge Maceda (18m e 43m), Gonçalo Suíssas (35m e 39m) e Márcio Rodrigues (39m)
Disciplina: cartão azul para António Leal (35m)


in "fcp.pt"

Walter: depois do voto de confiança... a bancada

Um dia depois de ter sido defendido publicamente por André Villas-Boas, Walter não entrou nos planos. O avançado brasileiro ficou de fora da lista de convocados - Souza foi o outro preterido relativamente ao jogo com o Pinhalnovense -, tendo-se registado ainda os regressos anunciados de João Moutinho e Falcao. A última vez que o avançado brasileiro tinha ficado de fora de uma lista de convocados aconteceu no início de Dezembro, na deslocação do FC Porto a Viena. Depois disso, Walter chegou a terminar o ano com um golo na partida em Paços de Ferreira, antes ainda de entrar em 2011 com a titularidade frente ao Nacional. Mas o FC Porto perdeu e o brasileiro teve uma exibição menos conseguida, tendo sido relegado para o banco nos dois jogos que se seguiram (Marítimo e Pinhalnovense). Hoje, ficará na bancada, precisamente depois de ter sido defendido por Villas-Boas na conferência de Imprensa que serviu de antecipação a este jogo. O treinador chegou mesmo a considerar Walter como um dos jogadores mais eficazes da Europa na relação de minutos jogados e golos marcados, mas acabou mesmo por prescindir do substituto natural de Falcao na equipa.

in "ojogo.pt"

Fucile, Guarín e Varela titulares

São sete as alterações que André Villas-Boas preparou para enfrentar hoje a Naval, ainda que, considerando que o último jogo foi de Taça, a maior parte delas já fossem esperadas. Nos lugares que concentravam todas as atenções, e de acordo com os sinais recolhidos, o treinador portista adaptará Fucile ao lado esquerdo da defesa, posição que o uruguaio desempenhou com regularidade antes da chegada de Álvaro Pereira, manterá a aposta em Guarín como trinco, premiando a resposta positiva dada nos últimos jogos, e promoverá também o regresso de Varela ao ataque.
Com Helton na baliza e Otamendi a substituir Maicon ao lado de Rolando, a decisão de Villas-Boas de colocar Fucile do lado esquerdo desvia Rafa para o banco, depois da titularidade que lhe foi confiada nos últimos três jogos.No meio-campo, o regresso de Moutinho era ponto seguro, mas, mesmo com Fernando disponível, o treinador entendeu que Guarín responde melhor aos desafios propostos pela Naval, sublinhando, com essa opção, o agrado com o desempenho do colombiano nos últimos jogos, sobretudo o rendimento diante do Marítimo, contra quem marcou dois golos brilhantes.Tal como Guarín, também James aproveitou bem a ausência de Varela para ganhar crédito no onze, transformando-se, em pouco mais de um mês, na nova sensação da equipa portista. No entanto, desta vez, Villas-Boas prefere recuperar Varela para o lado esquerdo do ataque, ou não fosse o extremo o terceiro melhor marcador da equipa.

in "ojogo.pt"

F.C. Porto-Naval: não há ópera? Venham os bombos (antevisão)

Dragões recebem o último classificado e Carlos Mozer


Quem quiser ópera terá de esperar. Talvez até à projecção do Barbeiro de Sevilha nos 16-avos-de-final da Liga Europa. Como disse André Villas-Boas, e muito bem, a realidade exige vitórias, com ou sem sopranos, cantores líricos ou gargantas mais ou menos esganiçadas. A analogia ajusta-se à recepção do F.C. Porto ao último classificado da Liga. A noite não precisa ser de gala, mas para o líder do campeonato tem de possuir um final feliz.

Resta saber se os pupilos hiper-moralizados de Carlos Mozer estão para aí virados. Antes da vencerem em Guimarães, na pretérita ronda, a Naval era apontada consensualmente como um dos condenados à descida de divisão. Mas o antigo defesa central pôs muito da sua alma na gestão das emoções do plantel, funcionou como um sopro de vida e recolocou no mapa figueirense a luta pela permanência. 

Os oito (nove) pontos de distância do F.C. Porto para o Benfica dão tranquilidade e dispensam violinos. De qualquer forma, perante um contexto como este, só o triunfo é aceitável para a matemática dos dragões. Villas-Boas sabe-o bem e vai demandá-lo. Nem que seja à força do bombo mais popular que conheça. 

Moutinho e Falcao com entrada directa no «onze»

As notas de maior destaque nas escolhas de Villas-Boas prendem-se com as chamadas de João Moutinho e Radamel Falcao. O primeiro recuperou de um problema de saúde e, ainda que naturalmente algo debilitado, está nos eleitos e deve mesmo manter o seu posto no meio-campo.

Falcao não joga desde 19 de Dezembro, mas é o único ponta-de-lança nos convocados, pois Walter ficou fora por opção do técnico. A não ser que Hulk se mantenha no centro do ataque, Falcao reencontra Varela e o Incrível. 

Também Freddy Guarín se manterá na equipa. Depois da grande exibição e dos dois tremendos golos do colombiano ao Marítimo, Fernando terá de permanecer no banco de suplentes. 

Na Naval 1º Maio não há segredos. Mozer é adepto da estabilidade e manterá a equipa que venceu em Guimarães. Apenas falta conhecer a identidade do lateral direito, pois Carlitos não pode jogar no Dragão. 

Equipas prováveis:

F.C. PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Otamendi e Emídio Rafael; Belluschi, Guarín e João Moutinho; Hulk, Falcao e Varela.

Outros convocados: Kieszek, Fucile, Maicon, Fernando, Rúben Micael, Mariano Gonzalez e James Rodríguez.

NAVAL: Romain Salin; Rogério Conceição, Orestes, João Real e Daniel Cruz; Manuel Curto, Godemèche e Alex Hauw; Marinho, Fábio Júnior e Edivaldo Bolívia.

Outros convocados: Bruno Jorge, Gomis, Godinho, Giuliano, Hugo Machado, Camora, João Pedro, Previtali e Michel Simplício. 


in "maisfutebol.iol.pt"

Luta escaldante por um lugar

FERNANDO TEM PERFIL DISTINTO DE GUARÍN


Guarín afirmou-se como trinco, mas está visto que Villas-Boas o vê como opção para todo o meio-campo. Ou seja, não é líquido que o regresso de Fernando ao onze implique a saída do colombiano, até porque é bom lembrar que Belluschi está em risco de exclusão no campeonato (4 amarelos).
A regressar após lesão, o Polvo não tardará em recuperar o seu lugar de destaque na equipa. Afinal de contas, tem rotinas de duas temporadas na posição e, com o novo técnico, continua a apresentar números altamente recomendáveis. As suas médias por jogo dão conta de uma unidade extremamente participativa e útil, mas com um perfil distinto do de Guarín.
in "record.pt"

Soltaram a "fera"

GRITOS DE REVOLTA DE FREDY GUARÍN


De “patinho feio” a “menino-bonito” do meio-campo do FC Porto. A transformação foi rápida e surpreendente, tal como no conto de Hans Christian Andersen. Fredy Guarín saiu do limbo para se afirmar como alguém capaz de fazer a diferença, sobretudo quando há equilíbrio de forças.
O percurso do possante médio colombiano nesta época não engana, embora o campeonato só agora esteja a virar para a segunda e derradeira etapa. Guarín aproveitou a lesão de Fernando para “explodir”. Os 2 golos que marcou ao Marítimo, num momento crítico, a seguir à primeira derrota da época, apenas o confirmaram como um dos trunfos do naipe de Villas-Boas para esta época de retoma do dragão.
in "record.pt"

André espiou Sevilha

André Villas Boas já anda a pensar no jogo com o Sevilha, que ditará o apuramento para os quartos-de-final da Liga Europa. Uma operação tratada ao mais alto nível e que começou ontem, com uma viagem-relâmpago do treinador e do director geral, Antero Henrique, à capital da Andaluzia. 

O primeiro jogo é a 17 de Fevereiro, mas a oportunidade de assistir ao jogo com o Espanhol foi muito bem aproveitada, até porque os dragões vão ter um calendário muito apertado e o técnico não terá muitas possibilidades de observar ao vivo o adversário espanhol.

Se os ceús andassem como há um mês carregados de neve talvez Villas Boas não tivesse arriscado a viagem que começou ao final da manhã de ontem, no Aeroporto de Pedras Rubras. O treinador dirigiu o treino da manhã, acertou a lista de convocados, que publicamos na página seguinte, e voou para o aeroporto, na companhia de Antero Henrique. Depois, foi a viagem até Madrid, num voo da Ibéria, e daí para Sevilha, onde assistiram ao encontro com o Espanhol de Barcelona.

Dado que o encontro só começou às 21 horas portuguesas, o regresso ao Porto só vai acontecer ao final da manhã de hoje, mas a tempo de ambos almoçarem com a equipa (o director-geral almoça normalmente com a equipa). Os jogadores concentram-se no Dragão, convivem aí durante a refeição, e depois é esperar para que comece o jogo com a Naval (18 horas, Sport Tv1), o primeiro da segunda volta do campeonato.

Todo o plano de jogo ficou feito antes da partida para Sevilha. Villas Boas tem hoje a oportunidade de uma última conversa com os convocados, como é costume em dias de jogos, para alinhavar alguns pormenores e, essencialmente, falar da estratégia. 


in "abola.pt"