sábado, 29 de janeiro de 2011

Taça da Liga: Gil Vicente-F.C. Porto, 2-2 (crónica)

À espera de um milagre que nunca esteve perto


Um F.C. Porto diferente não chega para tanto Gil Vicente. Com um onze alternativo a que faltou, claramente, rotina de jogo, André Villas-Boas testou os limites da equipa perante um rival muito aguerrido, das melhores equipas da Liga de Honra. Os portistas vinham a Barcelos à espera do milagre matemático que daria o apuramento, mas a equipa apresentada mostrou que nunca foi uma obsessão. Acabou por correr mal nos dois campos. Naquele que era sua responsabilidade, tudo terminou num empate a dois.

De dentes cerrados, mangas arregaçadas e com um Hugo Vieira inspirado na frente, o Gil Vicente mostrou ao F.C. Porto que só esse poderia ser o caminho para terminar a Taça da Liga de forma digna: correr, lutar, arrepiar caminho. No final, venceria o melhor.

O F.C. Porto, esse, tentou desde logo trazer o jogo para o estilo que mais lhe convinha. Com Sereno como defesa esquerdo improvisado e um meio-campo preso de movimentos que vivia, unicamente, daquilo que Ruben Micael conseguia dar, a equipa azul e branca foi marcando o ritmo inicial. Conseguiu criar perigo numa abertura de Ruben para Sereno, onde faltou apoio, e parecia ter o jogo controlado. Puro engano.

Quando Zé Luís atirou à trave deu o primeiro sinal de que o líder do campeonato não teria vida fácil em Barcelos. Rodríguez mostrava vontade, mas faltava-lhe sorte. Não tem sido quase sempre assim? Guarín tinha músculo e tentava empurrar a equipa. Mariano e Walter pouco acrescentavam. A isto o Gil Vicente respondia à sua maneira: dentes cerrados e mangas arregaçadas, como se disse.

O empate seria o resultado certo ao intervalo, mas Guarín dividiu um lance com Cláudio e com os gilistas a pedirem falta, Micael abriu o activo.

Vieira aparece, Rafa vem e vai

De Aveiro chegavam notícias animadores. Encontro empatado. Um golo do Beira-Mar e novo festejo azul e branco valia apuramento. Suficiente para Villas-Boas arriscar? Nem houve muito tempo para pensar no assunto. Primeiro porque Hugo Vieira aproveitou a passividade da defesa azul e branca para bater Beto. Por duas vezes. Primeiro de cabeça, depois com o pé esquerdo, num lance em que foi o F.C. Porto a pedir falta, de Daniel sobre Walter. Pelo meio já tinha chegado novo golo portista, por Rafa, que tinha rendido Fucile. Segundo golo na Taça da Liga para o esquerdino.

A partir daí, qualquer tentativa de reacção para buscar o milagre, batia num entrave de peso: o Nacional já vencia. Ainda assim, Villas-Boas chamou a cavalaria. Hulk e João Moutinho entraram para os últimos minutos. O F.C. Porto já não estava à espera do milagre. Buscava a redenção, que é o mesmo que dizer uma vitória, que, já se saberia, seria sempre sofrida. 

Terminou o jogo em cima do Gil Vicente, que respondia no contra-ataque. Interessante pecúlio dos barcelenses contra equipas do escalão acima. Em seis jogos, contando Taça da Liga e Taça de Portugal, conseguiram 9 pontos. Os mesmos que a Naval tem, até agora, em todo o campeonato.

O resultado de Aveiro deu razão a Villas-Boas quando optou por fazer descansar os titulares. Nem uma goleada salvava o F.C. Porto na Taça da Liga. E quarta-feira há o Clássico com o Benfica. Até lá apenas uma confirmação oficial: a única derrota da época ditou o adeus a um dos objectivos programados. 

Nota final para a lesão grave de Rafa. Lance de azar e de imagem arrepiante. Fractura de deve significar o adeus aos relvados nesta temporada. É sempre de lamentar. E aos dragões restam Sapunaru e Fucile para as alas...

in "maisfutebol.iol.pt"

SANTOS DEU ESPECTÁCULO AO «TRIPLO»


O FC Porto Ferpinta somou a 12.ª vitória na fase regular, ao derrotar o Lusitânia, por 97-87, em jogo da 13.ª jornada da Liga, disputado, este sábado, no Dragão Caixa, onde João Santos se distinguiu como o melhor dos Dragões, depois de somar 18 pontos, todos em resultado de uma eficácia notável nos lançamentos exteriores, ao converter os 6 triplos tentados.

A eficiência do lançamento exterior (13 em 21), que ao intervalo rendia já 24 dos 49 pontos globais, foi, inclusive, a chave de nova vitória portista, que em nenhum momento foi colocada em causa, apesar de a equipa de Moncho López só conseguir «descolar» a meio do segundo período, fase em que registou maior acerto defensivo e capacidade para condicionar a resposta da formação açoriana.

Mais forte em todos os capítulos do jogo, a exibição equilibrada dos Dragões permitiu a rotação de todos os jogadores disponíveis, com o banco portista a dar uma resposta interessante e a produzir 47 pontos, apenas menos três do que os conseguidos pelo cinco inicial. Os bases Sean Ogirri e José Costa foram os menos utilizados, facultando a «rodagem» de 23 minutos a Pedro Catarino.

FICHA DE JOGO

III Campeonato da LPB, 13.ª jornada
29 de Janeiro de 2011
Dragão Caixa, no Porto
Assistência: 712 espectadores

Árbitros: Paulo Marques, Nelson Guimarães e Vítor Cardos

FC PORTO FERPINTA (97): Sean Ogirri (3), Carlos Andrade (4), João Santos (18), Miguel Miranda (12) e Julian Terrell (13); José Costa (2), Nuno Marçal (16), David Gomes (9), Pedro Catarino (7), Diogo Correia (3), João Soares (10) 
Treinador: Moncho López

LUSITÂNIA (87): Daniel Monteiro (12), Charles Litle (19), Terrence Hundley (15), Rick Cardoso (3) e James Robets (25); Mohamed Camara (11), Danilson Vieira (2)
Treinador: Nuno Barroso

Ao intervalo: 49-38
Por períodos: 27-23, 22-15, 26-22 e 22-27

in "fcp-.pt"

DRAGÕES VENCERAM EM VALONGO (5-3)

O FC Porto Império Bonança regressou este sábado aos triunfos no campeonato nacional, ao vencer no difícil terreno do Valongo por 5-3, em encontro da 16.ª jornada da prova.

Num jogo em que os Dragões nunca estiveram em desvantagem no marcador, Reinaldo Ventura foi autor de um «hat-trick». Pedro Gil e Pedro Moreira, na segunda parte, apontaram os restantes tentos.


in "fcp.pt"

Kelvin já fez exames médicos e o contrato é por cinco anos

Kelvin Mateus de Oliveira vai mesmo ser jogador do FC Porto e o contrato será válido por cinco temporadas. Depois do argentino Iturbe, o médio-ofensivo brasileiro é o segundo reforço assegurado para o plantel da próxima temporada. O acordo entre as partes já foi alcançado e faltavam apenas pequenos acertos para oficializar a transferência do Paraná para o FC Porto, como testemunhou a O JOGO o presidente do emblema de Curitiba, Aquilino Romani.

Ontem, o médio de 17 anos deslocou-se ao Rio de Janeiro para efectuar os indispensáveis exames médicos. A assinatura do contrato é o passo seguinte e só isso impede Aquilino Romani de dar o negócio por concluído. "Não gostaria de falar até tudo estar resolvido. Quando estiverem concluídos os exames médicos já se pode avançar no negócio", começou por dizer o presidente do Paraná. Ora, devido ao interesse de vários clubes em Kelvin a transferência foi acelerada, embora Romani não quisesse clarificar os valores envolvidos, nem tão-pouco as pessoas que lideraram as conversas entre os clubes. "O acordo está feito, mas não vou divulgar os valores. Nem para Portugal, nem para o Brasil. Foi um grupo de empresários que fez o negócio connosco e depois com o FC Porto. O contrato é de cinco anos", explicou o presidente do Paraná.

Por ter 17 anos, a Lei Pelé impede que o jogador possa jogar fora do Brasil até atingir a maioridade. Ou seja, Kelvin faz 18 anos no dia 1 de Junho e só a partir daí é que poderá vestir a camisola do FC Porto. Apesar da tenra idade, a qualidade é insuspeita, de acordo com Aquilino Romani. "Trata-se de um meia-atacante [médio-ofensivo], com um pé esquerdo muito habilidoso. Claro que é um jogador muito jovem e talvez seja cedo para dizer se vai ser um craque, mas nesta altura há uma certeza: ele tem muito potencial", elucidou o dirigente brasileiro. Kelvin tem oito jogos disputados na equipa principal do Paraná e dois golos marcados, decisivos para evitar a despromoção da série B do campeonato brasileiro. "Ele está acima da média. Desejamos que tudo lhe corra bem", disse Romani.

Futura transacção
Paraná fica com 10% do passe

Apesar de os valores do negócio não serem conhecidos de forma oficial - a Imprensa brasileira fala em cerca de dois milhões de euros -, sabe-se que o FC Porto não fica com a totalidade do passe. "O Paraná fica com dez por cento", disse Aquilino Romani.

Idade obriga
Joga no Brasil até Junho

O médio-ofensivo só pode jogar no FC Porto a partir do dia 1 de Junho de 2011, altura em que completará 18 anos. "Até Junho vai jogar no Paraná", revelou o presidente do clube.

Espera a assinatura
Família na expectativa

Enquanto o contrato não é divulgado, a família de Kelvin prefere não comentar. Ontem, o telemóvel do pai do jogador foi atendido por um irmão, que lamentou não poder dar qualquer informação.

Aposta em jogadores jovens acentuou-se esta temporada

Quando chegarem ao Dragão, no início da próxima temporada, Iturbe e Kelvin devem ser os mais novos do plantel portista. Ambos completam 18 anos - idade indispensável para este tipo de transacções internacionais - em Junho e são os rostos mais recentes da política de contratações do FC Porto, que tem privilegiado jogadores muito jovens e promissores. Anderson, a maior transferência de sempre do FC Porto, foi o caso mais mediático no passado recente, mas esta aposta tem-se acentuado. Basta atentar aos reforços para a presente época: Kieszek é o mais velho e tem apenas 26 anos, James chegou ao Dragão com 19, menos dois do que Souza e Walter, Otamendi tinha 22, Moutinho 23, Rafa 24 e Sereno 25. A média à altura das contratações era de 22,6, um valor que baixa se acrescentarmos os dois jovens já garantidos para 2011/12.

in "ojogo.pt"

Federação. O outro clássico FC Porto vs. Benfica

A norte há reuniões de última hora contra os novos estatutos; a sul há o desejo de os aprovar para lançar Fernando Seara a presidente. A luta pela FPF está ao rubro


Amanhã é o Dia D. Ou não, porque entre avanços e recuos, reuniões de bastidores e mudanças de última hora, também tudo pode ficar na mesma. A FPF aprova finalmente os novos estatutos (na AG que está marcada para este sábado) e torna-se legal (é ilegal desde 2008) para recuperar o estatuto de utilidade pública (os dinheiros que vêm do Estado) e já agora eleger um novo presidente em clima de paz? Ninguém o pode garantir. O que se pode assegurar é que a guerra pelo poder está ao rubro, com principalmente duas grandes forças envolvidas num braço-de--ferro que em certa medida representa o maior confronto da actualidade: de um lado o FC Porto, do outro o Benfica.

É assim o futebol português - dentro do campo também se joga este clássico já no início de Fevereiro, na meia-final da Taça de Portugal - e o combate é simples. As associações que têm recusado a votação dos novos estatutos alegam perda de direitos. Esta argumentação tem sido liderada pela Associação de Futebol do Porto, apoiada pelo maior clube da cidade, e no fim de contas a maior do país, até aqui com direito a 37 dos 500 votos que fazem a soma da assembleia- -geral da FPF (ver info em baixo). Em termos globais, com os novos estatutos as associações passam de uma representatividade de 55 para 25 por cento, um cenário que lhes retira poder nas grandes decisões do futebol. "Se for ao parecer do conselho de justiça da federação, está lá tudo o que tenho defendido nos últimos dois anos", disse ontem ao i Lourenço Pinto, presidente da Associação de Futebol do Porto, referindo-se ao documento ontem emitido e sem querer alongar-se. O novo Regime Jurídico das Federações, publicado em Diário da República em 2008, viola a Constituição porque implica "uma limitação à liberdade de organização das associações de direito privado", explica o parecer do conselho de justiça. No fundo, as associações, aquelas que que estão na génese de federação, sentem-se empurradas para fora dela. Os defensores do novo regime jurídico e da proposta de estatutos que dele decorre lembram que foi aprovado na Assembleia da República, segue as orientações internacionais e até obedece à FIFA, organismo que já ameaçou com a suspensão dos clubes e da selecção portuguesa das provas além--fronteiras. Apesar de uma eventual inconstitucionalidade, tudo pode resumir-se à votação de amanhã e, aí, 75% dos votos decidem tudo.

O jogo de bastidores Na Associação de Futebol do Porto sabe--se disso e, independentemente de também terem alegado a ilegalidade da assembleia-geral de amanhã, na quinta-feira foi promovido um encontro com a Associação de Braga, com o objectivo de inverter a tendência de voto que os minhotos têm vindo a manifestar. "Foi um encontro patrocinado pelo FC Porto e pelo Braga. Está em causa uma alteração do sentido de voto", explicaram ao i.

Caso se altere o voto de Braga, o grupo que apoia os novos estatutos pode ter os 75% de votos necessários hipotecados. E aí quem perde? De imediato, é Fernando Seara, o presidente da Câmara Municipal de Sintra, que apareceu esta semana na Benfica TV a dizer que avançava para eleições caso a nova lei fosse aprovada. Aí está o outro lado do braço-de-ferro: o Benfica. "A apresentação desta candidatura não faz qualquer sentido nesta altura; veio aprofundar as rivalidades e pode per- turbar o essencial, ou seja, o acordo estatutário", disse ao fonte federativa.

A estratégia do Benfica, com o lançamento de Fernando Seara, deixa por outro lado Gilberto Madaíl e Hermínio Loureiro em posição delicada. Eventualmente, uma candidatura absorverá outras. A presidência da federação é apetecível - ordenado de 15 mi euros brutos - mas será ainda mais interessante pelo reforço de poderes que os novos estatutos prevêem. Por isso Gilberto Madaíl dizia esta semana que, caso fosse reeleito, faria finalmente uma revolução no futebol português. Mas quem vai ganhar o braço-de- -ferro?


in "ionline.pt"

Rafa na lista de Bento

PRÉ-CONVOCADO PARA O JOGO COM ARGENTINA


Emídio Rafael tem aproveitado a lesão de Alvaro Pereira para se mostrar no FC Porto. Para além de já ter convencido André Villas-Boas (vencendo a corrida com Fucile), o ex-Académica pode estar em vias de justificar uma oportunidade na equipa nacional. Paulo Bento incluiu o nome do portista na pré-convocatória para o particular com a Argentina, a disputar dia 9 de fevereiro, na Suíça. É um primeiro indício que carece de confirmação já na quinta-feira, quando o selecionador divulgar a lista definitiva para esse encontro com a equipa de Leo Messi.
Para Emídio Rafael, perspetiva-se uma estreia absoluta no escalão maior. Os minutos somados no líder da Liga e as competências demonstradas nos últimos jogos podem ter correspondência nas escolhas de Portugal, sendo crónicos os problemas da Seleção no que compete a especialistas para a lateral esquerda da defesa. Com Fábio Coentrão de pedra e cal, é notório o défice de alternativas, que têm passado constantemente pela adaptação de laterais-direitos.
in "record.pt"