quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

"Estamos bastante moralizados"

Depois de eliminar o Estrela Vermelha da Taça EHF, o FC Porto Vitalis regressa ao Andebol 1 já esta quarta-feira (21h00), com a recepção ao São Bernardo. O jovem Sérgio Rola fez a antevisão da partida da 14.ª jornada ao www.fcporto.pt e reconheceu que ambiciona a titularidade, depois de uma série de boas exibições e golos importantes.

Obrigação de vencer
"Teoricamente, o São Bernardo pode ser uma equipa acessível, mas é dentro de campo que iremos ver isso. Teremos de entrar concentrados para não haver surpresas. Estudámos bem o adversário e podemos perturbar o jogo deles apostando nos contra-ataques. Sabemos que temos obrigação de ganhar, o São Bernardo nem por isso."

Sem euforia
"Quero jogar e ajudar a equipa. Reconheço que gostava de estar no 'sete' inicial, mas essa é uma decisão do treinador, que obviamente respeito. Vamos ver o que acontece, mas sinto-me confiante, tal como toda a equipa. Estamos bastante moralizados pelo facto de termos ultrapassado a eliminatória da Taça EHF no passado sábado. Foi algo que nos fez muito bem, mas que não nos deixou eufóricos."



in "fcp.pt"

F.C. Porto perdeu 3,4 milhões imediatos com empate

Clube sai da Champions com uma receita total de 9,6 milhões de euros: 7,2 milhões pela participação e 2,4 milhões por duas vitórias e dois empates. Confira ainda o que perdeu.


O F.C. Porto perdeu 3,4 milhões de euros num jogo apenas. O nulo com o Zenit, para além da frustração que representa desportivamente, traz por arrasto um rombo também financeiro: o clube perde imediatamente três milhões do apuramento para os oitavos-de-final e perde 400 mil euros da vitória.

Para se ter uma ideia, o dinheiro perdido ontem corresponde a metade do lucro obtido pela SAD na última época: 6,9 milhões de euros. Feitas as contas, a participação na Liga dos Campeões acabou por render um total de 9,6 milhões de euros, aos quais há que somar o valor do market pool.

Mas há mais: pela primeira vez desde Co Adriaanse, o F.C. Porto não passa aos oitavos-de-final. Curiosamente em todas as últimas épocas, essa temporada foi a única que a SAD acabou por apresentar um resultado operacional negativo: na altura foi apresentado um prejuízo de 25,9 milhões.

De resto, no relatório e contas de 2005/06 refere isso: destaca a «eliminação na primeira fase da UEFA Champions League, com impacto negativo nos resultados», acrescendo ainda a «diminuição das mais valias de transferências de jogadores em 26 milhões de euros (face ao exercício 2004/5)».

Para além de 3,4 milhões de euros que entrariam de imediato nos cofres portistas, a SAD azul e branca perdeu ainda a possibilidade de arrecadar mais 3,3 milhões de euros por passar aos quartos-de-final e mais 4,2 milhões se atingisse o apuramento para as meias-finais, num total de 7,5 milhões.

Num cenário feliz, o Porto atingiria mais 16,5 milhões de se alcançasse o título europeu e mais 13,1 milhões se fosse finalista vencido. Desta forma, o clube sai de prova com 9,6 milhões de euros ganhos: menos do que isto, só em 04/05 (8,2 milhões) e em 05/06 (6,4 milhões), quando os valores pagos eram inferiores.

in "ojogo.pt"

FC Porto - Zenit (Declarações)

Hulk já aponta ao bis na Liga Europa

Agora que o FC Porto está fora da Liga dos Campeões, ficou a saber-se que internamente o grupo apontava à conquista da prova. "O objectivo era chegar o mais longe possível e quem sabe até ganhá-la. Mas infelizmente estamos fora, tal como da Taça de Portugal", lamentou Hulk. "Agora temos três competições para ganhar", salvaguardou. "Sabemos a grandeza da Liga dos Campeões, mas a Liga Europa também é uma prova muito importante. Para nós, é como o campeonato e a Taça da Liga", sublinhou, para reforçar que a motivação dos dragões não acaba aqui.
O jogo de sábado, contra o Beira-Mar poderá servir de tónico para recuperar os índices morais. Apesar da equipa apontar já à Liga Europa, a desilusão pelo empate ainda pesa. "Foi uma desilusão mesmo. Nós e os adeptos estávamos muito confiantes", confirmou o internacional brasileiro. Para Hulk, só faltaram mesmo os golos. "Corremos bastante, encostámos o Zenit lá atrás. Acho que fizemos o melhor jogo desta época. Mas infelizmente faltou o mais importante, que foi a bola entrar", voltou a lamentar.
A terminar, o craque aplaudiu o apoio dos adeptos. "Ficamos felizes por saber que eles têm consciência que demos o máximo. É gratificaste chegar ao fim e ter o apoio dos adeptos."

João Moutinho

"Grande desilusão e frustração para nós"

A eliminação na fase de grupos da Liga Europa foi, para João Moutinho, uma "injustiça", pois considera que o FC Porto fez o suficiente para derrotar o Zenit. "Fizemos tudo, lutámos, jogámos bem e criámos várias oportunidades, infelizmente a eficácia não foi a melhor, porque poderíamos ter goleado o Zenit. Merecíamos muito mais", declarou o médio, que não escondeu a tristeza por este desfecho. "É um amargo de boca, uma grande frustração e desilusão para todos nós, porque podíamos ter alcançado os oitavos-de-final", disse.

Kléber

"Vamos tentar chegar à final da Liga Europa"

A primeira experiência na Liga dos Campeões não foi o que Kléber esperava. A culpa foi do Zenit, que, segundo o avançado, "colocou o autocarro" à frente da baliza e dificultou a vida ao FC Porto. "Tivemos algumas oportunidades, mas a bola não entrou. Agora é levantar a cabeça e pensar no nosso novo caminho", afirmou o brasileiro, numa alusão à Liga Europa, prova na qual o clube tem um estatuto a defender. "O FC Porto é o campeão da Liga Europa, por isso, vamos fazer um bom trabalho para, quem sabe, chegar à final", rematou.


in "ojogo.pt"

Choque ainda fez faísca

DESENTENDIMENTO ENTRE DANNY E O BANCO PORTISTA



Danny não teve vida nada fácil nesta sua passagem pelo Estádio do Dragão, indo um pouco de encontro àquilo que já se esperava. Depois do repto lançado por Vítor Pereira aos adeptos portistas, no sentido de criarem um ambiente infernal na receção ao Zenit, o público pressionou o internacional português desde que este pisou o relvado.
Os assobios fizeram-se sentir desde o aquecimento e estenderam-se pelo momento em que o nome do extremo foi anunciado na equipa titular. Assim que tocou na bola pela primeira vez, o estádio estremeceu, tal foi o barulho provocado pelo coro de assobios. E assim foi durante toda as partida. O jogador, de 28 anos, foi resistindo a tudo, até que surgiu a situação mais tensa da noite.
Na sequência de uma jogada disputada junto à linha lateral, Danny pontapeou a bola na direção do banco do FC Porto. Vítor Pereira chamou a atenção do jogador, e o seu adjunto, Rui Quinta, ao tentar ir buscar o esférico, tropeçou no pé do extremo e gerou-se uma troca de “bocas” entre o banco portista e o camisola 10. Nessa altura, valeu a intervenção do 4.º árbitro, Iturralde González, para pôr cobro à situação.
O choque ainda fez alguma faísca, mas não chegou a provocar fogo. Até ao apito final não se registou mais nenhum problema ao nível do relvado, sendo que os insultos continuaram a sair das bancadas.
Curiosamente, o site oficial do FC Porto publicou logo após o final do jogo uma crónica sobre a partida que ditou o afastamento dos dragões da Champions com o sugestivo título de “Sorte de cão”.
in "record.pt"

Incrível supera Messi

NOS REMATES DESENQUADRADOS COM OS POSTES



Não é propriamente um troféu que se possa colocar em destaque numa vitrina, mas a verdade é que, quase terminada a fase de grupos da Champions, Hulk lidera a classificação dos jogadores com mais remates desenquadrados com a baliza, tendo partido para esta jornada numa disputa taco a taco com Lionel Messi.
Mas La Pulga, terça-feira, não saltou para a “cancha” e com os quatro remates que Hulk efetuou desenquadrados com a baliza defendida – e de que maneira! – por Malafeev, o portista colocou-se numa liderança incontestada. Para compensar, o Incrível regista também números generosos nos remates enquadrados com a baliza e fechou esta sua participação na Champions com um total de 16, menos um que Messi e mais quatro que Cristiano Ronaldo.
in "record.pt"

O FC Porto um a um

A ESTRELA: João Moutinho 7

Servir de bandeja para o desperdício

Domínio absoluto ao meio, numa mistura equilibrada de raça e inteligência. Abriu uma avenida para Djalma, aos 6', com um passe soberbo que pedia apenas o toque da confirmação. Pegou no jogo, distribuindo-o com acerto e não apenas com passes de meia dúzia de metros, como no caso de Defour. Arriscou sempre, recuperou inúmeros lances e empurrou o FC Porto para a frente, obrigando Malafeev a sobressair. Voltou a ser brilhante numa assistência aos 59' a que Álvaro Pereira não deu o devido seguimento; arriscou no remate aos 63'; e empolgou o público com uma recuperação junto à área do Zenit, aos 77', pecando depois quando procurava entregar outra bola de bandeja. O problema é que, por muito Moutinho que haja - e houve -, isso é quase sempre a metade de um serviço completo.


Helton 6
Só aqueceu de duas maneiras: a protestar com o árbitro, num lance em que de pouco lhe valeu ter lembrado ao árbitro que era o capitão, e num corte acrobático com o pé que interrompeu um contra-ataque perigoso, já aos 90'.

Maicon 6
Inatacável no trabalho defensivo que ofuscou Danny e companhia, mas também a certeza de que, com ele, por muito carácter que garanta a Vítor Pereira, o lado direito fica sem profundidade, contribuindo para um ataque mais previsível.

Rolando 6
Duas grandes intercepções em cima do intervalo, num jogo tranquilo por falta de oposição. Acabou a ponta-de-lança, improviso irrelevante porque ninguém cruzou para o aproveitar.

Otamendi 6
Foi dos primeiros a dar nas vistas, jogando na antecipação. O jogo exigiu-lhe pouco mais do que vigilância atenta, acabando substituído num sacrifício óbvio para atacar.

Álvaro Pereira 6
Beneficia da apatia à direita e o que faz à esquerda, não sendo nem metade do que já conseguiu noutros tempos, até parece muito, comparado com o flanco oposto. Também podia ter feito bem melhor num remate aos 59', assim como nalguns dos cruzamentos que ensaiou.

Fernando 6
Enérgico nas recuperações, limpando o espaço que lhe competia vigiar, e a arriscar ainda em terrenos mais avançados. Até nos remates, a única coisa a sair-lhe mal.

Defour 5
Ponto de passagem frequente da bola, viabilizando o futebol de posse dos portistas. Uma posse inconsequente. O belga serviu de muleta dos passes curtos, sem ter contribuído para grandes desequilíbrios. Lesionou-se e é capaz de ter ficado no balneário por isso.

Djalma 5
É preciso encontrar um meio-termo entre o brilhantismo de Malafeev e o desperdício de Djalma aos 6', quando o avançado apareceu na cara do guarda-redes, isolado por Moutinho. Houve muita vontade de ser útil, esticando o contributo à defesa, mas sem engenho para ser decisivo onde lhe competia.

James 5
Perdido nos flancos, à esquerda e à direita, pouco lhe correu bem. A saída de Defour permitiu-lhe recuar, partindo para o ataque de uma zona central, e parecia querer arrancar para uma segunda parte convincente. Na realidade, ficou-se por duas grandes jogadas (aos 49' e aos 79'); e isso foi pouco.

Hulk 4
Não havia mal nenhum se este FC Porto fosse Hulk e mais dez se algumas das vezes Hulk se desse conta disso mesmo: que tem mais dez ao lado. No mínimo, tem quase sempre um a quem passar a bola, mas raramente o faz. E quando o fez, falhou mais do que devia. Um livre-bomba, aos 29', e um cruzamento-remate (mais remate...), aos 49', foram excepções numa exibição de muitas tentativas e pouco acerto.

Kléber 3
Entrou ao intervalo para o lugar de Defour. O jogo até parecia precisar dele, mas percebeu-se depois que, afinal, ter ou não ter ponta-de-lança neste FC Porto parece dar no mesmo: Hulk remata sempre à baliza...

Varela 3
Não é uma tarefa fácil virar as coisas em pouco mais de 20 minutos, muito menos para este Varela, uma sombra do "velho Varela", que era de um atrevimento explosivo.

Belluschi 2
Dez minutos algo perdido numa equipa que procurava apontar à área. E nem sempre o conseguiu...

in "ojogo.pt"

Chocar de frente com a montanha-russa

A imagem de Rolando a jogar como ponta-de-lança durante os últimos dez minutos do jogo de ontem, no Dragão, diz quase tanto sobre o que foi a participação do FC Porto nesta edição da Liga dos Campeões como sobre o empate com o Zenit que custou a despromoção à Liga Europa. E três milhões e picos de euros. E mais tudo o que não se pode contabilizar por não ter um preço fixo, como o prestígio, a promoção da marca e dos jogadores e outras minudências desse género.
O facto é que num jogo em que era preciso ganhar, os portistas começaram sem um ponta-de-lança de raiz e acabaram com um central a jogar na posição que há um ano era de Falcao. Pelo meio, colocaram as fichas todas em Hulk que, por azar, sofreu um eclipse total na pior noite de todas. Ora, sucede que, neste FC Porto, quando não há Hulk, sobram poucas alternativas para chegar ao golo. Aliás, isso mesmo ficou muito claro logo aos seis minutos, quando Djalma, isolado na cara de Malafeev pelo primeiro de vários passes geniais de João Moutinho, permitiu a defesa do guarda-redes russo. Um lance que pedia um finalizador que o angolano ainda não é e o FC Porto não tem, pelo menos não quando Hulk passa um jogo inteiro entretido consigo próprio.
É verdade que os campeões nacionais dominaram o jogo do primeiro ao último minuto e até encostaram o Zenit às cordas, procurando marcar de todas as maneiras possíveis e imaginárias. Há 25 remates a prová-lo e nove defesas de Malafeev, algumas espectaculares, a sublinhar essa evidência, mas não deixa de ser sintomático que durante os 45 minutos que esteve em campo, Kléber, o único ponta-de-lança inscrito na Liga dos Campeões, não tenha chegado a fazer um só remate à baliza.
O Zenit fez um jogo cínico, como seria de esperar de uma equipa que não precisa de ganhar para vencer. Danny terá mesmo acusado a pressão que o público o fez sentir sempre que tocou na bola, raramente conseguindo dar mais do que um passo com ela controlada, mas esse foi um triunfo pírrico do Dragão, até porque construir, a especialidade do internacional português, não era exactamente a primeira preocupação dos russos. O empate servia-lhes e o investimento ofensivo era praticamente nulo, como prova o facto de não terem feito um único remate à baliza de Helton.
É importante dizer que, ontem, Vítor Pereira fez tudo o que podia fazer com as opções que tinha à disposição. É impossível saber se teria acrescentado Kléber ao ataque logo depois do intervalo se Defour não se tivesse lesionado no último lance da primeira parte, mas o facto é que o FC Porto surgiu ainda mais inclinado sobre a baliza do Zenit no segundo tempo. O adiantamento de Rolando para o ataque e a saída de Otamendi para a entrada de Belluschi nos último instantes do jogo teve quase tanto de corajoso como de desesperado. Sem surpresa, não resultou e o FC Porto voltou à Liga Europa.

in "ojogo.pt"