sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Vítor Pereira: «Não acredito nos elogios que vêm de fora»


Vítor Pereira desconfia de tantos elogios ao F.C. Porto depois da grande campanha que a sua equipa está a realizar na Liga dos Campeões esta temporada. O treinador prefere motivar-se com os sentimentos que a equipa lhe transmite do que com as palavras que vêm do exterior, até porque, no passado, as criticas externas nem sempre foram positivas.


«Acredito mais naquilo que vem de dentro, naquilo que se sente, do que aquilo que vem de fora. Já atravessei uma época de muita critica em que, se a força interior não fosse forte, teria com certeza desistido a meio. Também não acredito nos elogios que vêm de fora, o que sentimos que vem de dentro é que é o elogio certo, é sentirmos que estamos solidários, com qualidade, mas que sabemos que qualquer adversário, em qualquer momento, nos pode criar problemas, se não conseguirmos ter estas qualidades bem presentes. Não acredito no elogio quando o elogio vem de muita gente que muitas vezes criticou sem conhecer. É de desconfiar», referiu. 



O melhor elogio que se pode fazer ao F.C. Porto é que Hulk está completamente esquecido. «O melhor elogio é chegarmos ao final de um jogo e sentir que os jogadores estão satisfeitos com aquilo que realizaram. É evidente que há jogos mais inspirados para uns do que para outros, mas o que sinto é que a equipa está ligada, está unida e sabe o que quer. Vai ser um campeonato extremamente difícil, vamos já no domingo ter um jogo difícil e vamos ter de estar com os pés bem assentes na terra. É essa equipa ligada à terra que tenho sentido, isso para mim é que é o verdadeiro elogio», acrescentou.



A verdade é que no último jogo, frente ao Dínamo Zagreb, mesmo sem precisar de vencer, o F.C. Porto manteve a mesma dinâmica e atitude pressionante. «Trabalhamos para a evolução da equipa e temos evoluído nesse sentido, uma equipa que gosta de pressionar. Quanto mais depressa recuperarmos a bola, mais tempo temos para preparar o nosso jogo. Esse é o nosso jogo, um jogo de posse, de pressão, de uma equipa que gosta de criar situações de golo. Ao fim ao cabo, um jogo virado para a frente, em que aquilo que é ofensivo nos agrada. Gostamos de um jogo criativo, mas não gostamos de ter jogos partidos, fora de controlo. Gosto de ter jogos controlados e não se pode controlar um jogo com transições permanentes, sem ter a bola», comentou.



Nos últimos jogos, Fernando e Alex Sandro voltaram a ser opção. O treinador gosta de cmpetição no plantel, mas não diz quem joga em Braga. «Nunca respondi a esses tipo de questões. Os treinadores são para tomar decisões, as escolhas são em função do que é melhor para equipa em relação ao jogo que se vai disputar. Convivemos com um espírito competitivo, querem jogar todos, os que não jogam ficam tristes, mas ficam tristes reagindo pela positiva. É essa a equipa que tenho este ano», destacou ainda.

Vítor Pereira responde a Jesus: «A sorte dá muito trabalho»

Treinador do F.C. Porto espera um Braga com «orgulho ferido» no domingo


Vítor Pereira espera encontrar um Sp. Braga com o «orgulho ferido» este domingo, no grande jogo da 10ª jornada da Liga. Apesar da equipa de José Peseiro ter sofrido duas derrotas nos últimos jogos, o treinador do F.C. Porto disse esperar um jogo «de grande qualidade» frente a um dos candidatos ao título, numa conferência de imprensa que teve ainda espaço para a uma resposta a Jorge Jesus.


O Benfica joga primeiro, no sábado, frente ao Olhanense, e, depois, vai ficar à espera do resultado do Estádio Axa para saber a quem é que ganhou pontos. «Independentemente do que os adversários esperam, primeiro está o nosso jogo e aquilo que é o nosso objetivo que é ganhar em Braga para nos podermos manter na frente o campeonato. O que nos interessa é chegar a Braga e sermos fieis à nossa identidade e procurar trazer os três pontos», começou por destacar Vítor Pereira na habitual conferência de imprensa de antevisão.



E que Braga é que Vítor Pereira espera no domingo? «Espero um Braga de qualidade, um Braga que há duas semanas atrás, quem ouvisse os canais desportivos, ouvia constantes elogios a uma equipa a praticar bom futebol, um futebol ofensivo. As equipas do Peseiro gostam de um futebol positivo. Não acredito num Braga diferente, acredito num Braga de qualidade, num campo difícil para qualquer adversário», destacou.


O treinador fez referência às duas semanas, porque entretanto, a equipa minhota perdeu com o Sporting, em Alvalade, e caiu na Liga dos Campeões, diante do Cluj. «Acredito num Braga com o orgulho ferido, num Braga de qualidade, um Braga que vai querer ter bola, porque essa é uma característica das equipas de Peseiro. Acredito num jogo de qualidade», insistiu, mantendo o adversário de domingo entre os candidatos ao título. «Pelo que tem feito nos últimos anos, por o ter provado com resultados, considero que sim», acrescentou.



Temos, assim, um jogo entre candidatos, mas que é tão decisivo como qualquer outro. «O campeonato decide-se em qualquer esquina, em qualquer momento, com qualquer adversário. Se os níveis de focalização nos jogos não for elevado, em qualquer esquina pode-se ter uma surpresa desagradável. Considero o jogo com o Braga um jogo grande e a inspiração individual pode fazer a diferença. Tempos de nos apresentar inspirados, taticamente, tecnicamente, individualmente para proporcionarmos um grande jogo que é o que a todos interessa», comentou.



Antes de Vítor Pereira, já tinha falado Jorge Jesus que disse que o F.C. Porto, tradicionalmente, tinha sorte nos jogos em Braga. «Ele deve pensar assim, mas a sorte dá muito trabalho. Temos de procurar a sorte, mas sem trabalho ela não surge. O F.C. Porto tem ganho em Braga porque tem sido melhor, porque tem tido um índice competitivo muito alto. Não quer dizer que a sorte não surja em determinados momentos, mas é preciso muito trabalho», atirou.

in "maisfutebol.iol.pt!

Sem comentários: