quinta-feira, 22 de março de 2012

A MADRASSA DA ERICEIRA

Uma educadora de infância de uma escola pré-primária da Ericeira alterou a letra da popular canção infantil "Atirei o pau ao gato" e acrescentou-lhe no final "batata frita, viva o Benfica". A história soube-se porque um pai, adepto do FC Porto, apresentou uma queixa no Ministério da Educação.

O FC Porto saúda o civismo do pai e condena este proselitismo feito em escolas públicas, que em vez de ensinarem os valores da liberdade de escolha, ou de opinião, preferem ser uma espécie de "ayatollahs" das suas próprias preferências.

Mais grave é entretanto o FC Porto ter tido conhecimento que a adulteração da letra é prática diária e repetida três vezes ao dia não só no jardim-infância da Ericiera, mas também em todas as escolas do pré-escolar do agrupamento e também noutras dos concelhos de Lisboa e Cascais.

Urge, por isso, que o Ministério da Educação se pronuncie sobre estes fascistas do gosto e dê instruções para que em todas as escolas do país se acabem de uma vez por todas com práticas que fazem lembrar os tempos da outra senhora.

in "fcp.pt"

SUB19 PROCURAM SUBIR NA TABELA EM LEIRIA

A equipa Sub19 do FC Porto defronta, este sábado, a União de Leiria, em jogo da 7.ª jornada da fase final do campeonato nacional. Na antevisão, o treinador Rui Gomes salientou os pontos fortes do adversário, afirmando que o plantel está preparado para continuar na senda das vitórias. Para o médio Fábio Martins, que está no clube há 11 anos, o objectivo é "ganhar sempre".

O FC Porto está no quarto lugar do campeonato, a seis pontos do líder, Benfica, e a três dos segundos classificados, Sporting de Braga e Sporting.

Rui Gomes: "Vai ser um jogo extremamente complicado"

A União de Leiria é a última classificada desta fase de apuramento. Ainda assim, são necessárias cautelas?
Claro. Trata-se do último classificado, mas não deixa de ser o último dos primeiros. Ou seja, na primeira fase da competição foram apurados no quarto lugar da sua série. As equipas que estão nesta fase final são as oito melhores de Portugal. Vai ser um jogo extremamente complicado, como todos, mas espero que voltemos a dar uma boa resposta e que façamos um bom jogo, evitando os erros que nos têm levado a exibições menos conseguidas. Penso que se jogarmos com a mesma qualidade que apresentamos frente ao Vitória de Guimarães e se formos ainda mais práticos e eficazes, em momentos defensivos, teremos todas as condições para ganhar.

Onde é que o adversário pode criar perigo?
A equipa é muito forte no momento de transição ofensiva, ou seja, tem jogadores muito rápidos na frente. Organiza-se bem defensivamente e dispara rapidamente no meio campo adversário. Penso que é essa a principal força ofensiva do Leiria. Temos de estar sempre organizados e ter uma reacção colectiva muito forte, no momento em que perdermos a bola.

Nestes jogos, o FC Porto não pode facilitar até porque os adversários directos têm partidas teoricamente complicadas. Podem recuperar alguns dos pontos perdidos?
Sem dúvida. Temos de esperar que Sporting, Benfica e Sporting de Braga possam perder pontos. Quando jogam entre si perdem de certeza, como aconteceu na última jornada, quando têm outros jogos esperamos sempre que isso possa acontecer. Mas a grande preocupação é ganhar o nosso jogo. Se isso não acontecer, de nada nos adianta o que se passar nos outros campos.

Fábio Martins: "Temos vindo a crescer"

Os jogadores estão preparados para a estratégia da União de Leiria?
Estamos sempre preparados. Já temos o adversário estudado e amanhã o treinador vai-nos dar mais algumas ideias fortes. Fizemos um grande jogo no sábado e sabemos que é assim que temos de continuar.

São os actuais campeões, mas têm tido mais dificuldades este ano. O que têm aprendido com os resultados mais recentes?
Julgo que o campeonato anterior era menos equilibrado. Este ano, as oito equipas da fase final têm muita qualidade. Temos vindo a crescer, especialmente depois de perder com o Sporting, e é assim que temos de continuar.

Ser um dos que lidera a equipa dentro de campo traz mais responsabilidade e vontade de ganhar?
Um jogador desta equipa tem sempre responsabilidade. Mas sim, como já estou cá há 11 anos, sinto que tenho de dar o exemplo. Estamos habituados a ganhar e temos de ganhar sempre, é essa a nossa responsabilidade e a ambição.


in "fcp.pt"

Unicer renovou com FC Porto e Sporting

António Pires de Lima, presidente da Comissão Executiva da Unicer, anunciou há momentos, no Porto, que a empresa renovou os contratos de patrocínio com o FC Porto e Sporting. 

Os montantes envolvidos nos negócios não foram revelados, mas o acordo entre as partes é agora válido até 2014.

No total, a cervejeira irá investir cerca de 8 milhões de euros no futebol, sendo que apoia também V. Guimarães, Gil Vicente, Feirense, V. Setúbal e UD Leiria.

in "abgola.pt"

MARÇAL ENVIA MENSAGEM AOS ADEPTOS

Nuno Marçal não tem passado dias fáceis mas mantém a boa disposição e a simpatia de sempre. O capitão do FC Porto Ferpinta está lesionado há várias semanas e por isso não participou na mais recente conquista do basquetebol portista. Mesmo assim, foi o 22 dos Dragões quem levantou a Taça de Portugal no último fim-de-semana. Agora, vem dedicá-la.

Moncho López e os restantes elementos da equipa não tiveram dúvidas na hora dos festejos. O troféu conquistado em Fafe no último domingo, após o triunfo sobre a Académica (58-47), devia ser recebido pelas mãos do primeiro capitão, ainda que este não tivesse autorização do departamento médico para entrar em campo. Marçal, com toda a naturalidade, fez a vontade ao plantel e agradeceu o gesto. Esta quarta-feira, no intervalo dos tratamentos a que tem sido submetido para debelar a lesão na coxa direita, fez questão de enviar uma mensagem aos adeptos. Afinal de contas, os sete títulos alcançados em menos de dois anos também são "culpa" dos aficionados.

Aqui vai, na íntegra, a mensagem que Nuno Marçal enviou ao www.fcporto.pt, de forma a chegar a todos os adeptos: "Gostava, em meu nome e de toda a equipa, de agradecer a todos os adeptos e simpatizantes do FC Porto que estiveram presentes na Final 8 da Taça de Portugal, em Fafe, por todo o enorme apoio que nos deram durante os três jogos. Quero dizer-lhes que foram uma parte muito importante de mais este sucesso, que todos partilhamos. Agradecemos por estarem sempre do nosso lado, em cada momento importante da temporada. Juntos provamos, uma vez mais, o porquê de sermos o maior e melhor clube!"


in "fcp.pt"

O MVP ANTI-VEDETA

Greg Stempin: o nome não lhe pode soar estranho. O extremo/poste do FC Porto Ferpinta tem dado que falar desde que chegou ao clube. E sempre por bons motivos. Há três épocas ao serviço dos azuis e brancos, o jogador norte-americano defende que o trabalho em equipa e o apoio dos adeptos são os ingredientes necessários para o triunfo.

No domingo, em Fafe, o FC Porto Ferrpinta conquistou a sua 13.ª Taça de Portugal, vencendo a Académica na final (58-47). "Depois do jogo com o Benfica, nas meias-finais, era muito fácil relaxar, mas não o fizemos", observou o norte-americano. "Jogámos com muita energia e isso fez-nos ganhar a Taça de Portugal, que era um dos nossos objectivos".

Com 16 pontos e 10 ressaltos, Stempin foi a figura do jogo e recebeu a distinção de MVP da partida e, com ela, mais uma bola dourada. Prefere, no entanto, atribuir os louros à equipa. "Não acredito no conceito de MVP quando o jogo é de equipa. O conjunto tem mais valor do que um só jogador", defende.

Às 15h00 de sábado, no Dragão Caixa, o FC Porto Ferpinta volta a defrontar o Benfica, agora em encontro da 20.ª jornada da Liga. Em caso de nova vitória, os azuis e brancos garantem o primeiro lugar da fase regular, ainda com duas rondas para disputar. Greg Stempin não desvaloriza os rivais, mas defende que os Dragões vão jogar para ganhar. "Temos que vencer, temos que fechar a fase regular na primeira posição", insiste.

Até à última jornada, os Dragões jogam em casa e a presença dos adeptos é, assumidamente, "uma vantagem para a equipa" e para quem reconhece que os playoffs vão exigir exibições perfeitas. Ou quase. "Vai ser mais difícil do que no ano passado", assume o norte-americano. "Os nossos adversários estão a jogar melhor".

Desde que, na época de 2009/10, veste a pele de Dragão pela segunda vez (foi um dos Riverdragons na D-League, a antecâmara da NBA), Stempin já conquistou sete títulos: um Campeonato, duas Taças de Portugal, uma Supertaça, duas Taças Hugo dos Santos e um Troféu António Pratas. Para o atleta, tudo isso são recompensas. "É o prémio pelo nosso trabalho", conclui.


in "fcp.pt"

Iturbe convocado para os sub-20

O argentino Juan Iturbe vai ser convocado para a seleção de sub-20 do seu país para dois torneios a realizar em breve, um em África e outro em Valência (Espanha). 

Apesar de não jogar regularmente no FC Porto e revelar alguma insatisfação face à condição de suplente nos dragões, o jovem avançado continua a merecer a atenção dos responsáveis técnicos argentinos, em particular de Walter Perazzo, responsável pela formação de sub-20. Em declarações à Antena 1, o treinador lamentou a escassa utilização de Iturbe por Vítor Pereira, mas manifesta total confiança que o jogador vai vingar no futebol europeu.

in "abola.pt"

Os invencíveis

HULK E FERNANDO


Longa caminhada a de Hulk e Fernando sem derrotas no campeonato, sobretudo a do Incrível. São já 52 jogos sem perder para o extremo brasileiro e 49 para o médio do mesmo país.
Números que comprovam a importância que ambos têm na dinâmica da equipa. Para situar o leitor, acrescente-se que a última derrota dos dois referidos jogadores na Liga Zon Sagres ocorreu precisamente no mesmo desafio, frente ao Benfica, a 20 de dezembro de 2009, num clássico que ficou conhecido como o do “túnel da Luz”.
in "record.pt"

Rodríguez de castigo e a caminho do Grémio

Cristian Rodríguez desentendeu-se com João Moutinho num dos treinos da última semana, havendo versões de que os dois terão mesmo chegado a vias de facto. Ainda que o episódio tenha sido catalogado por fontes ouvidas por O JOGO como uma discussão normal, típica de uma disputa de treino mais intensa, o certo é que determinou a não inclusão do uruguaio na recente convocatória para o jogo da Luz.
Em consequência disso, o Cebola foi afastado da equipa, com a qual não se treinou ontem. A ausência, notada nos 15 minutos abertos aos jornalistas, acabou depois por ser justificada com motivos de natureza pessoal, mas segundo apurou O JOGO, o uruguaio não deverá voltar a vestir a camisola do FC Porto e equaciona mudar-se já para o Grémio de Porto Alegre, clube que manifestara interesse no extremo há algumas semanas. O processo entretanto encravou, porque Rodríguez beneficia do facto de ficar dono do passe no final da temporada, quando termina a ligação ao FC Porto, gerindo essa situação de acordo com os seus interesses. Mas tudo aponta para o destino de Porto Alegre, para onde se mudou Souza em Janeiro, volte a ganhar novo fôlego mediante a atual situação do jogador, pretendido também na Turquia e em Itália, segundo notícias recentes.
Titular no jogo com o Nacional da Madeira, substituindo Hulk, Rodríguez, de 26 anos, tem sido utilizado de forma intermitente esta época: apenas dez jogos de campeonato, cinco deles como titular, num total de 490 minutos de rodagem. A estes, o uruguaio juntou a Supertaça Europeia, um jogo na Liga dos Campeões e outro na Liga Europa, três na Taça da Liga e um na Taça de Portugal. Marcou dois golos. Cumpre a quarta e última época no Dragão.

in "ojogo.pt"

Fernando está de volta aos treinos

Fernando tem um objetivo bem definido: regressar à competição já na deslocação de domingo a Paços de Ferreira. Depois de se ter lesionado durante a receção à Académica (contusão no joelho esquerdo), o médio voltou ontem a trabalhar no relvado, ainda que de forma condicionada, tendo, no entanto, reagido bem ao aumento da carga de trabalho, naquele que é mais um sinal de que o regresso à equipa até pode acontecer já no próximo jogo. Há, porém, ainda algum caminho a percorrer até se perceber se Fernando estará mesmo disponível; falta saber, por exemplo, como reagirá o brasileiro às próximas etapas na recuperação, nomeadamente no que diz respeito à integração total nos treinos com o restante plantel. Neste momento existem, contudo, mais dúvidas do que certezas no que diz respeito à sua disponibilidade para Paços de Ferreira, uma situação que irá sendo clarificada com os próximos treinos.
Certo é que Vítor Pereira utilizará o brasileiro em Paços de Ferreira mesmo que ele recupere já muito perto do dia do jogo, uma vez que Fernando é visto como um jogador fundamental para atacar os últimos sete jogos do campeonato. Além disso, no atual plantel do FC Porto há apenas três médios disponíveis (Defour, Moutinho e Lucho), uma situação que obrigou, inclusivamente, à utilização de James no lugar do argentino durante a segunda parte da mais recente deslocação ao Estádio da Luz.
Fernando falhou, até ao momento, apenas dois jogos devido a este problema físico que lhe afetou o joelho esquerdo (Nacional e Benfica), e a verdade é que os portistas perderam agressividade no meio-campo. Vítor Pereira anseia pelo regresso do médio...

Pouco tempo perdido com a derrota na Luz

A ressaca do jogo com o Benfica fez-se rapidamente no centro do relvado do Olival, sem que Vítor Pereira tenha abordado com muito pormenor a eliminação da véspera na Taça da Liga. O dia de ontem marcou também o arranque da preparação para o jogo com o Paços de Ferreira, agendado para domingo, para o qual Vítor Pereira não poderá contar com o castigado Maicon. Adivinham-se mais mudanças na equipa, quando comparada com aquela que jogou na Luz, desde logo com o reaparecimento de Janko ou James no onze titular, e Otamendi também deverá recuperar um lugar na defesa, sobretudo depois da resposta intermitente oferecida por Mangala no clássico.

Casos clínicos

Danilo - Lesionou-se durante a receção ao Manchester City (dia 16 de Fevereiro) e continua a fazer apenas tratamento. Ainda não há data para o regresso de Danilo à competição, embora o internacional brasileiro já tenha queimado parte das etapas previstas para o período de recuperação.
Djalma - Neste momento é o caso clínico mais grave do plantel. O extremo continua a recuperar de uma rotura muscular na face posterior da coxa direita, sofrida durante o jogo com a Académica, e só deverá regressar à competição em meados de Abril. Para já continua a realizar apenas tratamento.

in "ojogo.pt"

Madjer: "Hulk e Moutinho são craques"

Madjer fala do FC Porto com nostalgia, mas com uma noção mais madura daquilo que a sua passagem pelo clube lhe proporcionou. Sem nunca ter deixado de pertencer "à família portista", o herói de Viena segue os resultados, destacou Hulk e Moutinho, mas aponta um fator fundamental no futebol: "Sorte".
O FC Porto é hoje um clube de dimensão superior ao seu?
É, sempre foi e vai continuar a ser um grande clube. A equipa não tem ganho tanto como na época passada, mas tenho a certeza de que vai ressurgir, porque evolui sempre de acordo com a mesma política e ter um presidente como Pinto da Costa é meio caminho andado.
Que jogador o impressiona mais nesta equipa?
Hulk é excelente, um desequilibrador e um fora de série. Depois há o João Moutinho, que não pára durante 90 minutos. São craques. Mas não vale a pena destacar mais individualidades, porque a força daquela equipa é o coletivo.
O FC Porto projetou Madjer e muitos jogadores. Depois da de 87, que equipa o marcou mais?
A passagem de José Mourinho pelo clube foi muito importante. É verdade que não faltava talento, mas não duvide de que o talento e a qualidade que um jogador tem nunca seriam nada sem a sorte. Podemos ser bons, mas se não tivermos sorte, como eu tive, quando deixei o Racing de Paris, nunca seremos ninguém. Muitos jogadores podiam ser como Ronaldo ou Messi mas não tiveram sorte. No Racing, eu marcava golos e fazia o mesmo que acabei por fazer no FC Porto, mas era o Racing. Quando vim para o FC Porto, vim com aquilo que sabia fazer, e tive a oportunidade de o fazer nos palcos internacionais. A minha sorte foi a Taça dos Campeões Europeus, porque podia ter sido um rei sem coroa.
Como aconteceu no Valência...
Exatamente, quando fui para o Valência diziam-me que era um grande jogador, mas não ganhei nada lá. Os Decos e Maniches tiveram essa sorte, estavam no clube certo na altura certa. É claro que não quero retirar o mérito ao trabalho de Mourinho, nem é disso que se trata, mas há circunstâncias favoráveis que ajudam a fazer grandes equipas.

FIFA e UNESCO enchem agenda

Madjer é hoje embaixador da UNESCO e divide o seu tempo entre essas funções e as da FIFA, onde trabalha com Platini e não só. Além disso é ainda representante da União Africana para a Paz e Segurança. "Sinto o reconhecimento por aquilo que fiz. Viajo muito com os dirigentes dessas instituições e sou muito solicitado", comentou, ele que tinha avião ontem à tarde para seguir para uma atividade desenvolvida em Barcelona por uma marca desportiva. Mas ainda faz televisão: "Essencialmente no Catar e no Dubai, tento estar disponível".

"Há a mão de Maradona, o penálti à Panenka e o golo à Madjer"


Em 1987, na final da Taça dos Campeões Europeus, Madjer assinou um golo que entrou para a história e que todos associam ao seu nome, cada vez que alguém marca de forma semelhante. "Fico feliz com isso, nem imaginam. Ainda hoje as pessoas se dirigem a mim para falhar daquele golo de calcanhar. Acho que consegui uma coisa muito difícil e inesperada com aquele golo. Foi um golo que ficou ligado a mim e ao FC Porto. Da mesma forma que as pessoas falam da mão de Deus, no golo marcado pelo Maradona, e da grande penalidade à Panenka, quando se marca um golo de calcanhar, diz-se que é um golo à Madjer e isso é espécie de impressão digital, uma marca registada, que fica para a vida. Há grandes jogadores que nunca conseguiram isso nas suas carreiras. Deixa-me orgulhoso estar como referência entre nomes como Maradona e Panenka, por exemplo".
Como não podia deixa de ser, estando de passagem pelo Porto e por Portugal, o clássico da Luz foi tema de conversa. As saudades desses grandes embates são evidentes e a vontade de recuar no tempo também, mas Madjer assegura que seria diferente. "Com a mentalidade que tenho e menos uns 30 anos, sinto que teria feito melhor ainda, porque quando somos jovens conhecemos coisas boas e outras menos boas e não é fácil. As qualidades físicas e técnicas podem estar no máximo, mas o homem não está ainda completamente formado. Com a mentalidade de hoje e a minha juventude de outros tempos, poderia dar muito mais ainda. Mas não me posso queixar", comentou.

Chamaram-lhe "o português" na televisão


Madjer trabalhou na Aljazeera durante sete anos, ajudou a fundar o Aljazeera Sports e garante que o futebol português tem uma imagem muito positiva. "Tivemos sempre muitos jogos do campeonato português e cheguei a ter mesmo uma edição especial que se chamava 'Madjer, o português' e que correu muito bem", revelou. O argelino diz que o público conhece muito bem o FC Porto. "Com um FC Porto a ganhar tudo de há 25 anos para cá, é evidente que se tornou na primeira referência para quem vive lá fora", apontou.

"Não sinto que tenha deixado a família portista"


Apesar de uma agenda que o obriga a viajar pelo mundo, só há dois sítios onde Madjer se sente em casa: na Argélia e no Porto. "Não sinto que tenha deixado de fazer parte da família portista. O clube está no meu coração e sigo sempre de muito perto os resultados", frisou. Com casa no Porto, o antigo avançado não perde uma oportunidade para voltar: "É impossível esquecer um clube que me deu tanto e que fez de mim o que sou. Ainda hoje sinto o carinho e a generosidade das pessoas e guardo boas recordações desta cidade."

Mundial do Catar é uma preocupação


O Catar organizará o Mundial em 2022, mas os estádios só enchem excecionalmente: "Nos países do Golfo, a maior parte das bancadas estão vazias, porque as pessoas não se interessam muito pelo futebol. As mulheres não põem os pés nos estádios, por exemplo. Gostaríamos de ver os estádios cheios, como na Argélia, mas no Golfo, à exceção da Arábia Saudita, não ligam muito ao futebol. Mas é do interesse deles mudar as coisas. A não ser num Brasil-Argentina, como o que aconteceu há tempos, os estádios não enchem."

in "ojogo.pt"

Rúben Micael: sentença no dia 28

Adelino Caldeira foi ontem dispensado de comparecer no Tribunal de Vara Mista do Funchal. Em causa está o diferendo entre o Nacional e o União da Madeira sobre a transferência de Rúben Micael para o FC Porto. Os advogados de ambas as partes, Alfredo Vieira Cravo e José Serrão, respetivamente, prescindiram do testemunho do administrador da SAD portista no dia em que tiveram lugar as alegações finais. A sentença será lida no próximo dia 28. O União reivindica metade do valor da transferência do médio madeirense, acusando o Nacional de uma atitude que "quebrou o princípio da boa-fé". Já o Nacional alega que os unionistas não reservaram direitos económicos, e sim federativos, considerando que "o União tem a receber apenas metade de um milhão duzentos e cinquenta mil euros, deduzidas as respetivas despesas", e não metade do valor da transação.

in "ojogo.pt"

Biografia de Defour agravou relações

A família já tinha passado à margem do casamento de Defour, porque o jogador do FC Porto estava em conflito com a madrasta, mas as coisas parecem agravar-se agora, com a biografia que o belga publicou recentemente. "Fez-me passar por uma verdadeira Cruela, mas o azar dele é que eu também estou a escrever um livro e tenho uma memória de elefante. O Steven vai ter com certeza um capítulo dele. Aliás, a irmã também está a escrever um, só não sabemos se vamos publicar os dois", revelou Lydia, madrasta do jogador, que reagiu assim na Imprensa belga.

James e Danilo... prometem

James Rodríguez e Danilo figuram na lista dos 30 jovens jogadores com mais potencial, segundo um levantamento realizado pelo sítio "FutebolFinance". O extremo colombiano surge na 17ª posição, com um valor de mercado entre os 13 e os 20 milhões de euros, enquanto o internacional brasileiro aparece no 27º lugar (10 a 18 milhões). Este ranking é liderado por Neymar (30 a 55 milhões de euros), seguindo-se Mario Gotze (30 a 45) e Mario Balotelli (30 a 40).

in "ojogo.pt"

Bloqueios estratégicos

Em resposta às acusações de Vítor Pereira, Jorge Jesus negou que as suas equipas trabalhem os bloqueios ofensivos como estratégia de jogo, mas alguns jogadores que no passado foram treinados por ele contrariam-no. O enfoque nas bolas paradas é, dizem, uma das chaves do seu sucesso. E os ditos bloqueios podem não ser uma invenção dele, mas fazem parte da estratégia usada para vencer jogos.
Luís Filipe, lateral do Olhanense, nunca tinha ouvido falar de tal coisa antes de ser treinado por Jesus. André Leone já os conhecia do Brasil, mas aprofundou a técnica no Braga. "Treinávamos, e muito! Até era ele [Jesus] que nos atirava a bola com a mão, para ser mais preciso do que se fosse com o pé", frisou. "Eu até podia cair no lance, mas o que importava era tapar o caminho ao adversário. Nem me preocupava com a bola. Virava-me de costas para ela e abria os braços em direção ao adversário", explicou a O JOGO. O ex-árbitro Jorge Coroado não tem dúvidas: se é isso que Jesus pede, então os árbitros pecam ao não assinalar falta. "Jesus é inteligente no aproveitamento do que é a regra, que, não sendo específica, atira para o primeiro parágrafo da Lei 5: a opinião do árbitro", explica, acrescentando que no clássico, como noutros jogos do Benfica, deveriam ser assinaladas várias infrações: "Fazem mais faltas nestas situações do que as outras equipas."
A fronteira entre legal e ilegal provoca desacordo entre os jogadores ouvidos por O JOGO. A estratégia é clara, mas a forma de a explorar só choca João Guilherme, do Marítimo, e Gaspar, do Rio Ave. "O Benfica não faz falta uma, duas ou três vezes; faz sempre. Ainda não vi nenhuma assinalada. No final de uma recente reunião de arbitragem, o próprio Vítor Pereira [líder do Conselho de Arbitragem] disse que bloqueios acontecem no basquetebol; no futebol, chamam-se obstruções. Se o avançado mete a bola na frente e é obstruído, marcam falta. Por que não o fazem também quando se trata de um lance de bola parada?", pergunta o defesa do Rio Ave, que recorda os tempos de Belenenses e a insistência com que Jesus abordava esse tipo de trabalho. "Se eu fosse árbitro e visse um defesa de costas para a bola, ficava duplamente atento. Se não olha para a bola é porque só procura obstruir o homem", justifica. João Guilherme partilha da opinião. "O Benfica faz muito isso. Mas é falta. Se os árbitros não marcarem, eles ficam com grande vantagem. Senti isso em todos os cantos e livres dos jogos frente ao Benfica", reclama o maritimista.
O FC Porto acredita no mesmo. Antes de Vítor Pereira o denunciar, já se temia o uso abusivo dos ditos bloqueios e, na reunião que antecedeu o jogo, o delegado portista tratou de pedir especial atenção ao árbitro Artur Soares Dias.

Declarações


"Obstruções e sempre falta"
"Bloqueio é no basquetebol; o que o Benfica faz são obstruções. E é sempre falta. Se marcam nas bolas corridas, por que não nas paradas? Várias equipas o fazem, mas de forma esporádica. Tive vários treinadores, mas só Jesus insistia nisso"
Gaspar, jogador do Rio Ave


"Treinávamos e muito"
"No Braga, com Jesus, treinávamos isso, e muito! Era eu que bloqueava os adversários para Moisés cabecear. Não me preocupava com a bola, mas em tapar o caminho ao adversário. Fazia uma espécie de parede e ele não conseguia correr"
André Leone, ex-jogador do Braga


"Não acho que haja faltas"
"Foi no Benfica que ouvi falar de bloqueios pela primeira vez. Não treinávamos, mas propunham-nos isso. Normalmente, os jogadores combinam entre si na hora. Mas não acho que haja faltas. Há os agarrões normais das confusões"
Luís Filipe, jogador do Olhanense


"Não é só o Benfica"
"Toda a gente vê que nas bolas paradas há bloqueios. Às vezes há penálti, outras vezes não. Mas não é só o Benfica a fazê-los; são situações usadas há muito tempo e por muitos treinadores. Mas hoje em dia, a análise é mais pormenorizada"
Hugo, jogador do Beira-Mar


"É dos que mais usam"
"Aqueles 'puxa-puxa' são normais, mas quanto melhor uma equipa trabalha os bloqueios, mais difícil se torna defender. Tive vários treinadores que usavam essa estratégia. Na Liga, o Benfica é das equipas que mais os usam"
Luciano, jogador do Feirense


"Iniciativa dos jogadores"
"Jorge Jesus trabalha muito os lances de bola parada, estuda os adversários e tenta encontrar espaços, mas não me lembro de alguma vez ter treinado este tipo de bloqueios. Penso que neste caso, a iniciativa partiu dos jogadores"
Fábio Faria, Rio Ave e ex-Benfica


"Árbitros mais atentos"
"O Benfica não faz jogo sujo, mas os árbitros têm de estar mais atentos. Eles não podem fazer estes bloqueios; é ilegal. Têm jogadores muito altos e aproveitam-se disso para tirar proveito dos lances de bola parada"
João Guilherme, Marítimo


"Faz parte do jogo"
"Sabíamos que o Benfica fazia esses bloqueios, mas como defendemos em linha, não nos afetou muito. Faz parte do jogo. Eu também já pedi a colegas meus para bloquearem o meu adversário em lances de bola parada"
Cohene, Paços de Ferreira

3 questões


Jorge Coroado, ex-árbitro
"Se não disputam a bola, é falta"


1 - Nos bloqueios de que Vítor Pereira se queixa, qual é o limite da legalidade?
O bloqueio será sempre considerado falta quando o jogador não tem objetividade na disputa da bola e antes e só na perturbação do adversário. É falta sempre que um jogador se interpõe entre o adversário e a bola, não se preocupando em jogá-la e sim em travar a marcha do adversário.


2 - Neste clássico, houve faltas desse género não assinaladas?
Houve. Nas bolas paradas, o Benfica tem uma forma de colocar os seu jogadores de forma a que estes bloqueiem os que mais apetência têm para chegar à bola alta. Colocar dois jogadores na ilharga de um adversário é uma forma sub-reptícia de evitar que ele dispute a bola. É uma ação inteligente, porque vai criar um aglomerado e perturbar a ação da equipa de arbitragem.


3 - As queixas de Vítor Pereira podem levar os árbitros a outros cuidados no futuro?
Há muitos macaquinhos de imitação, mas só se dá relevo a Vítor Pereira porque é o treinador do FC Porto. A verdade é que os árbitros podem, têm e devem ser eficazes e rigorosos na aplicação desta Lei do Jogo.