quarta-feira, 9 de maio de 2012

FC Porto campeão entre os grandes


Os números não marcam golos, mas não deixam de nos pôr a pensar. Por cá, diz-se que o campeão «faz-se nos triunfos com as equipas mais pequenas». O zerozero.pt fez as contas e mostra-lhe que o FC Porto, o campeão, provou que a glória também se constrói (e de que maneira) nos duelos com os rivais.
Fazendo as contas, nota-se que o FC Porto fez 14 pontos nos confrontos com os outros candidatos ao título (os que se assumem e os que lutam até ao final).
Os portistas são, de resto, a equipa invencível nesta «Liguilha» dos rivais. O campeão venceu o Benfica na Luz e empatou no Dragão. Com o SC Braga fez o pleno, seis pontos, e com os leões amealhou quatro preciosos pontos.
Já o Benfica somou oito pontos, enquanto que o Sporting somou quatro pontos (pode somar no máximo sete, já que tem o último duelo com o SC Braga).
Por fim, os guerreiros do Minho somaram quatro pontos (podem somar sete, uma vez que estão em igual situação como o Sporting).
in "zerozero.pt"

Um FC Porto sem Pinto da Costa: histórias de quem o viveu


Hoje é fácil fundir a história de sucesso do FC Porto com a de um homem: Jorge Nuno Pinto da Costa. Há 30 anos no comando do clube, os títulos falam por si, em Portugal, na Europa e no mundo. Imaginar um dragão sem o mítico líder é quase um exercício doloroso, esquecido no tempo em que ganhar, no FC Porto, era um oásis, uma raridade que levava «um título a valer por dez.»
No ano em que Pinto da Costa completa a terceira década como presidente do mais representativo emblema da «Invicta» e do norte, o zerozero.pt foi à procura de alguém que conheceu, viveu e construiu o FC Porto numa era sem Pinto da Costa. Encontrámos Manuel Domingos da Silva da Costa e Almeida, ou apenas Costa Almeida. Jogou no FC Porto no início da década de 1970 e ao nosso portal começa por confirmar que a relação de poderes na altura pendia, claramente, para o sul.
«Toda a gente sabia que o Benfica era a equipa que tinha o poder. Essa era a altura em que se costumava dizer que quando o FC Porto atravessava a ponte já ia a perder», conta o antigo extremo, hoje com 59 anos, confirmando na primeira pessoa o mito que nascia no Porto por aquela altura. «Era muito difícil. O Benfica, além de ter grandes equipas e grandes jogadores, isso é inquestionável, também tinha tudo o resto a ajudar», acrescenta, para depois narrar um jogo no Estádio da Luz.
«Eu estive num jogo em Lisboa, frente ao Benfica, em que estávamos a ganhar 0x2 a nove minutos do fim e acabámos por perder 3x2, com os centrais, o guarda-redes do Benfica, todos a entrarem pela baliza dentro… valia tudo e perdemos o jogo. Havia sócios do FC Porto na rua a festejar e depois foram surpreendidos com a notícia da derrota», conta quem, ainda nos juvenis, esteve para vestir de… encarnado.
«Fui campeão de juvenis pelo FC Porto e os diretores do Benfica vieram a minha casa três vezes para ir jogar para os juniores do Benfica a ganhar muito mais dinheiro. Mas o meu pai como era portista, como eu sou, disse: ‘não, para o Benfica, nada.’ Hoje os jogadores não pensam nos clubes», refere, orgulhoso, da decisão tomada na altura.
De António Teixeira a Bella Gutman, um FC Porto pouco estável
Nas três épocas em que vestiu a camisola portista, Costa Almeida conheceu cinco treinadores: António Teixeira, Paulo Amaral, António Morais, Fernando Riera e Bella Gutman. Uma instabilidade impensável nos dias que correm no clube: «A estrutura do FC Porto não era tão forte como agora, mudava-se de treinador com facilidade. Não é como hoje, com o Pinto da Costa, em que toda a gente pode fazer barulho e o treinador não cai.»
E se Riera, no FC Porto, foi quem mais o marcou, a história mais engraçada passou-se com o húngaro Bella Gutman: «Eu era jovem, tinha 18 anos, e o Bella Gutman dizia-me a mim e a outros: «Menino, não bebe ‘frio’, é pericoloso’… E, um célebre dia, eu estava no Café Velasquez com o falecido Pavão e o Gualter e entra o Bella Gutman. Ele passou e nós tínhamos três finos em cima da mesa, mas não disse nada. No treino da tarde ele vem ter connosco e diz: ‘Não bebe frio, pericoloso’. E vira-se o Gualter para ele: Mister, ‘frio’ não, era geladinho’! Eu só me queria rir mas estava cheio de medo, afinal era um miúdo que tinha chegado dos juniores e na altura eu tratava os mais velhos por Senhor», conta com um sorriso no rosto uma recordação de outros tempos.
Um FC Porto sem cedências a clubes da 1ª Divisão
Costa Almeida tinha um hábito em fotos de conjunto: ficava sempre em baixo, na ponta.
Hoje, o FC Porto está representado em vários clubes da Liga principal. São frequentes as cedências de jogadores a emblemas da 1ª Divisão, situação que não acontecia na altura: «No FC Porto, nessa altura, se quiséssemos sair para outro clube só para a 2ª Divisão porque para clubes da 1ª não havia hipóteses. Aliás, eu cheguei a ter propostas do Vitória de Guimarães, do Leixões e do Beira-Mar e o FC Porto não me deixou ir, só para o Varzim, que estava na 2ª. Então fiquei mais um ano, com o Fernando Riera, e ainda joguei algumas vezes.»
Vítor Pereira não convence Costa Almeida
A terminar, um olhar para o presente, com Costa Almeida, o treinador – tem o nível 4 de técnico - a não confiar nas capacidades de Vítor Pereira: «A minha opinião é que ele não é treinador para o FC Porto. A equipa não joga o futebol que pode jogar porque ele não sabe. Agora, ser campeão no FC Porto é muito fácil, com um plantel daqueles e uma estrutura como o clube tem, com um presidente daqueles, é meio caminho para se ganhar», diz, rematando com aquilo que, afinal, distingue o FC Porto de hoje.
«Quem é que eu gostaria de ver a treinar o FC Porto? Não tenho opinião sobre isso, o presidente saberá certamente o que é melhor para o clube. O que ele decidir está bem decidido!»
in "zerozero.pt"



FC Porto e Bruno Alves: «Se houver interesse...», diz Washington Alves


Aos 30 anos, Bruno Alves sagrou-se «bicampeão» na Rússia, ao serviço do Zenit St. Petersburg, clube com o qual tem mais dois anos de contrato. No entanto, o internacional português não descarta um adeus ao clube russo e o futuro até pode passar por Portugal.
Com Rolando de saída do FC Porto, o nome do ex-dragão acaba por surgir como uma opção válida para a próxima época, situação que, sabe o zerozero, agradaria a Bruno Alves.
Contactado pelo nosso portal, Washington Alves, pai do defesa luso, recorda que, para já, há um contrato a ligar Bruno Alves ao Zenit mas admite que o futuro depende do interesse de outros clubes.
«Ele está concentrado no Zenit, clube com o qual tem mais dois anos de contrato, e enquanto isso for a realidade não há nada. Agora, a questão de ele voltar para Portugal ou para outro lugar qualquer é uma questão de haver interesse», disse ao zerozero.pt.
Sobre a hipótese FC Porto, Washington Alves não se alonga mas admite que se houver entendimento entre as partes, o Dragão pode voltar a ter Bruno Alves a liderar o eixo defensivo.
«Isso depende do FC Porto, do Zenit e do Bruno... Claro que as coisas têm de passar pelos clubes primeiro. Por isso, no momento o Bruno está a terminar o Campeonato lá (Rússia), vem de férias e vai preparar-se porque tem a seleção. E depois, pronto, logo se vê...», atirou.

in "zerozero.pt"


MONCHO: "CONHECEMOS AS NOSSAS VIRTUDES"

O FC Porto Ferpinta defronta o Benfica, este fim-de-semana, na final dos playoffs da Liga. Os dois primeiros jogos têm lugar no Dragão Caixa, no sábado (15h15) e no domingo (19h15). Moncho López antecipa encontros difíceis, mas está confiante na capacidade da formação portista, mesmo após três semanas sem competição.

Depois de vencerem a fase regular, os azuis e brancos ultrapassaram o Vitória de Guimarães na primeira ronda dos playoffs (3-0). Nas meias-finais, por desistência do CAB Madeira, os Dragões foram automaticamente apurados para a final.

A desistência da formação madeirense causou dores de cabeça a Moncho López: "Uma equipa não pode perder ritmo competitivo, muito menos antes de uma final. Há quem pense que o descanso é benéfico mas não é quando se trata de um período de tempo tão prolongado".

Relativamente ao comportamento da Federação Portuguesa de Basquetebol, o treinador da formação azul e branca preferiu não se alargar nas declarações. "Quando opinei sofri as consequências. Foi aberto um processo disciplinar, mesmo tendo expressado dados objectivos. Portanto, desta vez prefiro não opinar", observou.

"Felizmente", a equipa de Moncho conta com "jogadores muito experientes" e está habituada a crescer com as contrariedades. O treinador acredita que a formação "vai chegar à final em boas condições". Ricky Cadell, o mais recente reforço, "está a integrar-se bem" e é uma mais-valia.

O primeiro jogo da fase final é já este sábado. "Numa eliminatória dos playoffs, o primeiro jogo condiciona sempre o que acontece depois. Sabemos que o Benfica é uma equipa que nos pode vencer", afirmou. No entanto, a confiança está no nível máximo: "Conhecemos as nossas virtudes e vamos tentar utilizá-las".

A final disputa-se à melhor de cinco jogos. O terceiro encontro está marcado para 19 de Maio, na Luz, tal como o quarto, no dia seguinte. A quinta partida terá lugar no Dragão Caixa. Os dois últimos jogos só se realizam se nenhuma das equipas conseguir arrecadar três vitórias.



in "fcp.pt"

_JULIANA ROCHA: "ACREDITO NO MEU VALOR"

Juliana Rocha vai estar presente no Campeonato do Mundo de Boxe que decorre de 9 a 20 de Maio, na China. A tetracampeã nacional terá de ficar entre as oito primeiras classificadas para conseguir alcançar o seu grande objectivo: a participação nos Jogos Olímpicos. O percurso vai ser difícil mas a atleta acredita no seu valor e está confiante em honrar a camisola do FC Porto.

De partida para Qinhuangdao, na China, Juliana Rocha não descarta a possibilidade de conseguir um bom resultado. "Vai ser muito difícil mas não é impossível. Acredito no meu valor. O meu objectivo é ficar nas oito primeiras classificadas, para conseguir o apuramento para os Jogos Olímpicos", afirmou, em declarações ao www.fcporto.pt e Porto Canal.

A atleta vai competir na categoria de menos de 60 kg e, por isso, teve de baixar o peso. A última semana foi de muito trabalho. "Só nos deram a certeza que íamos ao apuramento na terça-feira passada. Nestes últimos dias, o treino foi muito intensivo. Mas o mais complicado foi ter de perder peso, o que tornou tudo ainda mais agressivo", revelou.

A tetracampeã nacional reconhece ainda a força das adversárias. "A irlandesa Katie Taylor, actual campeã do mundo, é a favorita. Conheço também a chinesa que competiu contra ela, no campeonato do ano passado, em Barbados. São ambas fortes atletas. Tenho contacto com a selecção do Canadá e da Espanha e eles já estão há um mês a estagiar para este campeonato, por isso não vai ser fácil", observou.

Ciente das dificuldades a atleta promete "lutar contra tudo e contra todos" para atingir o seu objectivo e honrar as cores do FC Porto. "O facto de estarmos a muito pouco tempo dos Jogos Olímpicos deixa-me um pouco ansiosa. Mas ir ao Campeonato do Mundo já é uma vitória para mim. Tudo o que eu puder trazer de lá é bom. Conseguir o apuramento seria óptimo para mim", rematou.



in "fcp.pt"

FC Porto atrás do "novo Falcao"

Os dragões iniciaram conversações por Osorio Botello. O ex-treinador do avançado colombiano garante que o jogador "está quase ao nível de Falcao" e destaca as qualidade do atleta de 23 anos.


Osorio Botello tem sido apontado ao FC Porto. O antigo treinador do jogador colombiano, Edgar Ospina, considera que Botello "está quase ao nível de Radamel Falcao".

O avançado do Millionarios tem 23 anos e é o melhor marcador do campeonato da Colômbia com 11 golos em 15 jogos. Ospina, que treinou o atleta no Inti Gas do Perú explica que Botello "é um bom jogador, bem dotado tecnicamente, goleador, com um bom jogo aéreo. Um grande finalizador."
 
"Conheço bem Falcao e acompanhei Botello durante um ano. É uma excelente pessoa, um homem são", acrescentou. 

O treinador destaca a ascensão do futebolista: "É o melhor goleador do campeonato, foi chamado à selecção da Colômbia, e conhecendo-o bem, acredito que ele pode triunfar em Portugal."

Ospina releva as qualidade de Botello: "É bom jogador dentro da área, controla bem o momento da definição, domina todos os conceitos na frente de ataque e é um jogador que pode jogar aí tranquilamente, tal como faz em qualquer clube colombiano."

E se Botello vier a ser dragão, o seu antigo técnico entende que o jogador vai adaptar-se bem ao FC Porto e ao futebol português caso a equipa azul e branca opte pela contratação: "Creio que sim, até porque está aí o James Rodríguez, esteve o Falcao, que realizou um óptimo trabalho. Considero que o melhor avançado do futebol colombiano da actualidade é Botello e reúne condições para vingar nesse futebol."

A cláusula de rescisão de Osorio Botello é de cerca de um milhão de euros.



in "rr.pt"

«A maior parte das pessoas não ficaram convencidas com o título do FC Porto» - Domingos

O ex-treinador do Sporting, Domingos Paciência, considera o FC Porto «um justo campeão» nacional mas diz que os dragões não apresentaram a mesma qualidade de outras épocas.

«O FC Porto foi um justo campeão. De entre as adversidades, teve de haver um campeão, e esse campeão foi o que conseguiu ser mais forte. O mais forte foi o FC Porto. Felizmente, vejo que a maior parte das pessoas não ficaram convencidas. Isso é sinal de que estamos habituados a que o campeão tenha mais qualidade e isso este ano se calhar não foi tão patente», afirmou o treinador num seminário da Associação Nacional de Treinadores de Futebol, que decorreu na Marinha Grande.

Domingos Paciência considera que «há que enaltecer o trabalho feito pela estrutura, jogadores e equipa técnica» dos dragões.


in "abola.pt"

As pilhas de Moutinho são as que duram mais

MARATONISTA DO PLANTEL CAMPEÃO



Mesmo que não atue em Vila do Conde, frente ao Rio Ave, na derradeira partida da presente temporada,João Moutinho será sempre o jogador do FCPorto com mais tempo de jogo nas pernas em 2011/12.

Os 3.527’ que leva, neste momento, com a camisola azul e branca garantem-lhe desde já o rótulo de maratonista do plantel, pois até superam os 3.510’ de utilização de Helton. Como está previsto que o guarda-redes brasileiro fique de fora desta partida com o Rio Ave, por forma a que Bracali e Kadú tenham a oportunidade de juntar os seus nomes à galeria dos campeões, então fica claro que ninguém vai superar o registo de João Moutinho.

Aliás, na derradeira partida da Liga o médio deve alargar a vantagem que tem para Helton, já que, ao contrário do guardião, deve ser titular em Vila do Conde. É que, face ao castigo que Fernando vai cumprir, Vítor Pereira não tem mais por onde escolher: o técnico tem apenas três médios disponíveis para formar o trio de meio-campo. João Moutinho poderá, assim, ultrapassar a fasquia dos 3.600 minutos em jogos oficiais do clube, algo que não está ao alcance de mais nenhum elemento do plantel.

Apesar de alinhar numa das posições fisicamente mais desgastantes, a verdade é que o ex-jogador do Sporting, de 25 anos, tem umas pilhas que duram mais do que as dos colegas. Basta ver que, mesmo não tendo sido sempre totalista, apenas falhou dois jogos da presente época: frente ao modesto Pêro Pinheiro, para a Taça, foi poupado, e frente ao Rio Ave, na 1.ª volta da Liga, cumpriu castigo. E, de lá para cá, nunca mais parou.

Ainda assim, mesmo tendo em conta que é o jogador portista mais utilizado por Vítor Pereira, João Moutinho continua longe da utilização que teve na época passada, com André Villas-Boas no comando técnico. Isso acontece porque, em 2010/11, o FCPorto disputou 58 jogos oficiais e, agora, vai ficar-se pelos 46.

in "record.pt"

Acertar a média no último exame


faltam TRÊS TIROS CERTEIROS

Três tentos separam a equipa de Vítor Pereira da média de dois golos por partida esta temporada. É que o FC Porto, que cumprirá o seu 46.º encontro oficial em Vila do Conde, diante do Rio Ave, tem, neste momento, 89 golos apontados. Quer isto dizer que, se os dragões marcarem por três vezes aos vila-condenses, aumentando a sua contabilidade para 92 tentos em 2011/12, terminarão a época com uma média de fazer inveja a muito ataques por essa Europa fora.

Este é um registo que Vítor Pereira e os seus jogadores terão em mente, até para valorizarem ainda mais o trabalho desenvolvido ao longo da temporada. Os 89 disparos certeiros já contabilizados são resultado dos 64 golos marcados no campeonato nacional – prova em que os azuis e brancos são os mais profícuos concretizadores –, aos quais se somam oito golos na Taça de Portugal, sete na Taça da Liga, dois na Supertaça Nacional, sete na Liga dos Campeões e mais um na Liga Europa.

A Supertaça Europeia, em que o FC Porto foi derrotado pelo Barcelona (2-0), foi o único troféu no qual os bicampeões nacionais não rubricaram qualquer tento, apesar de ter sido na Liga Europa que a diferença de golos mais se fez notar pela negativa: um golo apontado e seis sofridos, em apenas dois duelos com o Manchester City.


in "record.pt"

Cerro Porteño tenta Iturbe


paraguaios insistem

O Cerro Porteño, clube paraguaio pelo qual Juan Manuel Iturbe torce, está apostado em recrutar o portista, a título de empréstimo, na segunda metade deste ano civil. Isto segundo anunciou o próprio presidente, Juan José Zapag.

O líder do Cerro Porteño está desgostoso pelos maus resultados que a sua equipa tem somado nos últimos tempos e, por isso, diz-se apostado em reforçá-la.

“Continuaremos a tentar convencer o FC Porto a emprestá-lo na segunda metade deste ano, quando os campeonatos europeus se iniciarem”, afirmou o dirigente.

in "record.pt"

Wilson Davyes: "Acabaram-se as dúvidas"


Wilson Davyes completou quatro anos no FC Porto. Quatro anos em que terminou todas as épocas a festejar a conquista do título nacional. Para um jogador que aos 23 anos é considerado já como uma das grandes certezas do andebol português, tudo sucedeu com naturalidade e o sucesso justifica-se porque "ninguém aborda o jogo em Portugal" como ele e os colegas.
"A forma como jogamos é diferente de todos os outros. Fruto desse modelo de jogo, se calhar cometemos mais falhas técnicas, mas é a nossa abordagem. Uma defesa forte e um contra-ataque rápido leva-nos a ter muitas situações de ataque durante o jogo, mais do que as outras equipas. É isso que faz a diferença", explicou Wilson.
Para muitos, a condição física dos portistas também se torna algo de inultrapassável pelos adversários. O jogador não desmente, mas não sustenta esse argumento: "Tudo dá nesse estilo de jogo. Poderá haver uma preparação física diferente das outras equipas. Eu não sei".
Há quatro anos, Wilson trocou uma equipa da II liga espanhola pelo regresso ao seu país, "via FCP". O que se passou neste espaço de tempo era inimaginável. "Este é o meu quarto ano. Ganhei quatro títulos felizmente. Era impossível prever isso, mesmo que fosse um grande desejo. Foram objetivos que se revalidaram ano a ano".
Wilson reconhece que, época a época, o seu clube é mais eficiente e escalpeliza o que se passou: "Temos melhorado. No primeiro ano o treinador era o Carlos Resende. Depois, veio o professor Obradovic e havia muitas dúvidas sobre o que se iria passar, porque tinham saído jogadores importantes. Surgiu um modelo novo e muita gente não acreditava no FC Porto, mas conseguimos voltar a ganhar. No segundo ano, mantinham-se as dúvidas, pensava-se que se calhar tinha sido um acidente, mas a equipa voltou a ganhar. Este ano acabaram-se as dúvidas. Não se pode ter sorte tantas vezes".



Entrada em 2012/13 será o percurso normal


Todos os jogadores do tetracampeão querem jogar na Liga dos Campeões da próxima temporada. Wilson Davyes considera mesmo que essa ambição não tem nada de desmedida: "Seria o percurso normal. Analisando o nosso trajeto até agora. Já temos uma base sólida e recordando mesmo as más experiências pelas quais passámos, vimos que já nos deram maturidade para no próximo ano atingirmos esse objetivo. O desfecho lógico será a nossa participação".


"Há um conformismo muito grande"


O andebol do FC Porto e a seleção têm vivido de costas voltadas. O FC Porto é um projeto vencedor. A equipa nacional soma desaires. O divórcio entre os dois revela-se ainda no facto de só um portista ter lugar nas principais opções do selecionador. Wilson Davyes comenta : "Os jogadores do FC Porto estão lá, mas não jogam. São opções do técnico, que entende não termos nível para representar a seleção. Deve ser bom sinal. Se uma equipa é tetracampeã e os seus jogadores não são escolhidos, quer dizer que os outros são melhores. Sobre os resultados pouco animadores: "É outra análise que não posso fazer. Quem decide que o faça.
Para Wilson não é muito usual a forma como Mats Olsson trata a realidade portista: "É estranho, se analisarmos os outros países, as equipas que dominam as ligas nacionais costumam ter mais jogadores na seleção. O nosso caso é especial". Sobre o que se passa na equipa das quinas, diz o jogador, "existe um conformismo grande. Os jogadores que lá estão, estão acomodados, Não há sinais de mudança. Se o insucesso é constante e nada muda, isso poderá levar a pensar que estão bem, sem se esforçarem para melhorar. Se calhar é preciso uma renovação". Por enquanto, Wilson não quer pensar em Europeus ou Mundiais, "É-me difícil falar nisso, como não sou utilizado não passa por mim. Há uma nova geração com talento e vontade de trabalhar e uma oportunidade de mudança com esta nova direção. Espero que isso aconteça". 



Um penta-avô que fugiu do Gana e o sonho de jogar no estrangeiro


O nome Davyes é a herança de um penta-avô que fugiu do Gana, para a Guiné Bissau. Os seus país vieram dessa antiga colónia para Portugal e Wilson foi o primeiro da família a nascer em território nacional. Foi também o primeiro e único a apostar no desporto. Tudo começou "arrastado por uns amigos, quando tinha 11 anos, porque vivia perto de Alvalade". E, assim, o Sporting foi o seu primeiro clube, de onde saiu, aos 17 anos, para Espanha, ao descobrir que não tinha lugar na equipa sénior. "Se ficasse iria perder toda a ilusão que tinha de jogar andebol". Explica a polivalência como "fruto da iniciação e de querer imitar as grandes figuras que idolatra". Wilson Davyes faz o que gosta, tem ambição e parece saber muito bem o que quer: "Jogar numa grande liga estrangeira, fazer um curso de Comunicação Social e desfrutar ao máximo o momento". 



in "ojogo.pt"

Manchester quer, mas James é intocável


James Rodríguez tem estatuto de intocável e o FC Porto não aceita negociar, independentemente do valor que algum dos supostos interessados esteja disposto a desembolsar por ele. O interesse do Manchester United é real e os rumores intensifidaram-se depois de um jantar de James. na madrugada de sábado para domingo, em Leça, que o juntou a dois estrangeiros que foram confundidos com emissários do clube inglês. Ainda ontem, o interesse voltou a circular pelos jornais britânicos, mas só restaria uma solução aos Red Devils: pagar os 45 milhões de euros da cláusula de rescisão de um dos ativos mais valiosos dos dragões.
A SAD portista entende que o processo de crescimento de James ainda não está completo e que há margem para o manter no Porto pelo menos mais um ano, até porque, perante a provável saída de Hulk, James será promovido a estrela da companhia. Por isso, de pouco adiantará ao Manchester United continuar a bater à porta do empresário do jogador, Sílvio Sandri. Ontem, o Daily Mail reforçou o encanto de Alex Ferguson pelo prodígio colombiano, já depois de ter escrito que o United estaria disposto a oferecer o regresso de Anderson ao FC Porto para reduzir o valor a pagar por El Bandido. Sílvio Sandri negou a O JOGO qualquer abordagem oficial. Mas não esconde estar a par do interesse inglês. "Temos conhecimento de sondagens informais pelo jogador, não apenas do Manchester United, mas também de outros clubes. Mas, até hoje, não houve qualquer proposta concreta", frisou.
Além do Manchester United, James já foi colocado na órbita de vários clubes, incluindo o Chelsea, a quem André Villas-Boas teria deixado boas referências na passagem pelo clube. O Inter foi outra hipótese apontada e recentemente também se falou de PSG e Bayern de Munique. O jogador, porém, só falou sobre o United. Em fevereiro, a um jornal do seu país, admitiu que gostaria de jogar nos Red Devils, mas no último sábado garantiu que permaneceria no Dragão.
Com apenas 20 anos, o ciclo no FC Porto parece longe de já ter terminado. Além disso, do ponto de vista da gestão desportiva, poderia ser errado deixar partir os dois extremos em simultâneo, especialmente quando juntos representam quase metade do pecúlio ofensivo da equipa. E, a ser vendido, é Hulk quem está à cabeça.


Ao lado de Messi em jogo de beneficência


James vai jogar ao lado de Messi no dia 21 de junho, num jogo cujas receitas vão ser distribuídas pelas crianças desfavorecidas da Colômbia. O astro argentino do Barcelona está à frente da organização desta partida, que se disputará em Bogotá. Além do esquerdino, também "convocou" o ex-portista Falcao, que assim poderá rever James, com quem fala habitualmente. Os outros jogadores presentes serão sul-americanos que jogam na Europa, como os colegas Mascherano, Dani Alves e Alexis Sánchez, bem como os brasileiros Júlio César e Robinho, que jogam no Inter e no AC Milan, respetivamente. Dunga, ex-selecionador brasileiro, vai comandar uma das equipas. Diego Simeone e Marcelo Bielsa estão na calha para a outra.


in "ojogo.pt" 

Empresário explica sondagem por Botello

Javier Verdugo, um dos empresários de Humberto Botello, confirmou a O JOGO que a sociedade que dirige recebeu apenas uma sondagem de Portugal pelo jogador, mas não está certo de que seja o FC Porto o interessado. "Já tínhamos ouvido falar de que era o FC Porto, porque queriam um jogador parecido com Falcao. Mas quem nos contactou só disse que o fazia em nome de um clube português", refere. Proposta é que não houve. "Só perguntaram as condições para o contratarem: quanto custava, como era a situação contratual dele e se estaria interessado", diz, garantindo depois ser o colombiano um avançado com muito potencial. "Tem características idênticas às de Falcao e é um goleador, uma potência", garante. Botello já está a par do assunto e sente-se ansioso. "Seria uma oportunidade tremenda. O FC Porto é muito grande. Claro que ele quer ir", frisa, esclarecendo que vão reunir-se em breve com o Millonarios, detentor do passe do jogador até Dezembro. "Ele tem uma cláusula que lhe permite sair para a Europa em Junho", avisa


in "ojogo.pt"

Sábado há festa nos Aliados


Não há duas sem três também no que toca a festas do FC Porto, e a terceira está marcada para o espaço mais emblemático da cidade: a Avenida dos Aliados. Depois de duas comemorações junto ao Dragão, uma dentro e outra fora do estádio, o plantel portista cumpre a tradição de percorrer o centro da cidade, assinalando a conquista de mais um campeonato. Sábado, depois do jogo com o Rio Ave, marcado para as 18h30, os jogadores concentram-se no Vitalis Park, na Constituição, onde os espera um autocarro descapotável para descer a Rua de Camões e percorrer a Avenida dos Aliados nos dois sentidos, em ritmo bem lento.
A primeira paragem simbólica será junto à sede do clube, edifício que fica mesmo ao lado da Câmara Municipal, que, como tem sido hábito nos últimos anos, manterá as portas encerradas ao campeão. A última passagem dos portistas pelos Aliados foi no ano passado, também em maio, na sequência da conquista da Liga Europa e a finalizar uma época de sonho, que valeu quatro troféus.
Agora, mesmo com outra tradição já entranhada - a de festejar títulos no varandim do Dragão, na alameda com o mesmo nome - os portistas não dispensam juntar os adeptos onde sempre foi costume. O autocarro partirá do Vitalis Park, na Constituição, não só por uma questão de proximidade, mas também porque, nesta altura, o estádio portista começou já a contagem decrescente para receber o concerto dos Coldplay, marcado para o próximo dia 18. A banda britânica volta a colocar o Dragão no roteiro dos grandes espetáculos. Dada a complexidade na montagem do palco, o estádio passará a estar por conta da estrutura responsável pelo evento que levará milhares... a mais uma festa.

Depois do Rio Ave, plantel entra de férias


O último jogo da época coincide também com o último dia de trabalho do plantel portista. O jogo é no sábado e no domingo o FC Porto passa a estar oficialmente de férias, ainda que alguns jogadores tenham ainda compromissos com as seleções, o que, aliás, pode até comprometer o arranque da próxima temporada. Paulo Bento divulga as escolhas para o Europeu na segunda-feira, dia 14, mas depois ainda há a hipótese de alguns portistas entrarem em projetos olímpicos, pelo Brasil ou pelo Uruguai. A data do regresso ao trabalho já está estipulada, mas ainda não foi formalmente anunciada, assim como o local de estágio que também já está escolhido.


in "ojogo.pt"

Antero Henrique absolvido de castigo


O Conselho de Disciplina (CD) absolveu Antero Henrique do castigo que o afastou durante um mês, na sequência dos desentendimentos com Rodolfo Vaz, diretor desportivo do Leiria - e também ele castigado com um mês de suspensão - no final do jogo que juntou as duas equipas no Dragão, a 12 de fevereiro. Ainda que tenha cumprido o castigo, Antero Henrique reclamou junto do CD, que argumentou não ter competência para avaliar matéria de facto. Mediante esta resposta, o diretor-geral do FC Porto recorreu para o Conselho de Justiça (CJ), que decidiu que o CD deveria mesmo reavaliar o caso e que tinha competência para tal. Na reavaliação que fez, o CD anulou o castigo e absolveu Antero Henrique, ainda que, como se sabe, o castigo ter sido cumprido na íntegra.

in "ojogo.pt"

Castro diz que não quer voltar a ser emprestado


Castro, que está de saída do Sporting de Gijón, clube que está próximo de ser despromovido para a segunda divisão espanhola, revelou que não pretende voltar a ser emprestado na próxima época. "Sou jogador do FC Porto e qualquer clube que me pretenda terá de falar com eles. Chegaram-me algumas propostas, mas penso que terei de me afirmar em definitivo no próximo ano. Sendo assim, ou fico no FC Porto para ser importante, ou não acredito que voltar a ser emprestado seja uma boa opção, até porque tenho 24 anos e mais uma época cedido não será benéfico para ninguém. Se não ficar no FC Porto, a minha primeira opção será Espanha, uma liga de topo. Gostava de ficar no FC Porto, mas se eles optarem por me vender, estarei preparado", referiu o médio, em declarações ao jornal Marca. O mesmo jornal adiantou ainda que há vários clubes interessados na contratação de Castro, entre eles o Málaga, Villarreal e Bétis, para além de uma equipa da Bundesliga e outra do campeonato francês.

in "ojogo.pt"

Rolando: "Por mim, não saio"


Na entrevista a O JOGO, Rolando falou sobre o passado, mas também do futuro. Reconhece que errou na forma como reagiu à substituição com a Académica, deu os parabéns ao "feito único" de Vítor Pereira e mostrou-se de corpo e alma no clube, apesar das constantes notícias que o colocam na órbita de vários clubes europeus.


Agora que a época se aproxima do final, e mais a frio, arrepende-se da atitude que teve quando foi substituído no jogo com a Académica?
Nunca me arrependo do que faço. Posso é olhar para trás, pensar melhor, e achar que todas as pessoas têm o direito a errar. Foi uma atitude feia, mas apenas isso, no calor de um jogo que estávamos a perder e que precisávamos de ganhar para conquistar o título. Fui substituído por volta dos 60 minutos, e na semana anterior tinha acontecido o mesmo. Não estou habituado a ser substituído, gosto de ganhar, estou habituado a ganhar, e ao sair do jogo senti que não podia ajudar mais os meus companheiros. Foi um momento de raiva, de frustração, mas apenas porque estávamos a perder e eu não podia ajudar mais a equipa. No entanto, as pessoas criaram um caso que não existia. A minha atitude foi má, reconheço, mas depois criou-se um cenário que só me prejudicou. Por isso, da próxima vez, espero não voltar a cometer o mesmo erro; espero pensar melhor e não voltar a ter uma atitude irrefletida, como foi aquela.


Reconhece o erro, mas entende que se exagerou no castigo. É isso?
Normalmente sou uma pessoa calma, muito tranquila, e que pondera sempre aquilo que faz, mas, no calor daquele momento, tive uma atitude que não foi bonita. Apesar disso, muitas vezes, as pessoas que estão fora do futebol não entendem, ou interessa-lhes não entender, até porque este tipo de situações acontecem muitas vezes. Não gosto de ser substituído, não gosto de ser suplente, não gosto de ficar de fora, detesto perder... Foi muita coisa junta ao mesmo tempo, mas sei que não estive bem, apesar de não me arrepender, porque está feito e não posso voltar atrás. Mas não faltei ao respeito ao ninguém e, como se costuma dizer no futebol, naquele momento estava 'na azia'. Nada mais.


Pouco tempo depois desse incidente deixou de ser titular. Associou as duas situações?
Não quero levar a questão para esse lado, até porque, se o fizesse, estaria a ser injusto com os colegas que começaram a jogar no meu lugar. Eles também aceitaram as decisões do treinador sempre que ficaram de fora e, por isso, não mereciam que eu também não aceitasse quando chegou a minha vez de não ser opção. Simplesmente saí da equipa, nada mais. As duas situações podem estar associadas, como podem não estar. Não sei. Mesmo assim, continuei a trabalhar da mesma forma para estar pronto a ajudar a equipa quando fosse necessário. E foi isso que aconteceu.


O seu empresário afirmou recentemente que a relação de quarto anos com o FC Porto tinha provocado "desgaste" dos dois lados. Nesse sentido, sair no final da época é um dos seus objetivos?
Estou muito contente com o clube e não é por ter sido suplente nos últimos jogos que vou mudar a minha forma de pensar. Agora, quero é voltar a ser o número um, porque sei que tenho capacidade para isso, e quero continuar no FC Porto. Enquanto me quiserem aqui, desejo continuar de corpo e alma.



Então é seguro que não vai sair?
Eu não quero... Tenho contrato com o FC Porto e espero cumpri-lo até ao fim. Tenho consciência de que tudo pode mudar de um momento para o outro. Se os dirigentes do FC Porto acharem que é uma boa altura para fazerem um bom negócio, ou que já não estão satisfeitos comigo - e eu sei que isso está fora de questão, porque estão contentes comigo, como eu estou contente com o clube - então podemos conversar. Mas, por mim, continuarei no FC Porto para ganhar mais títulos.


Mas o que lhe falta conquistar neste clube?
Bem, nem sei... Falta-me ganhar a Taça da Liga, que o FC Porto nunca venceu, e a Liga dos Campeões.


Mas acredita que é possível vencer a Liga dos Campeões?
Possível é, mas não é fácil. Sabemos das limitações financeiras do clube, quando comparado com outros de nível europeu. Não é impossível, mas todos sabemos que é muitíssimo complicado vencer a Champions.


Na última reabertura de mercado, recebeu uma proposta do Anzhi. Admitiria ir para um campeonato como o russo?
No futebol não há muito espaço para sonhar, há as oportunidades. Se surgir uma boa oportunidade, irei ponderar. Fala-se muito que vou sair, que há clubes interessados... Apesar disso, já comuniquei ao meu empresário para não me dizer nada, a não ser que haja realmente algo de concreto, e que o FC Porto esteja de acordo com isso, o que, até ao momento, nunca aconteceu. No entanto, e voltando à pergunta, no futebol nunca se pode dizer nunca e, por isso, ficarei à espera para ver o que acontecerá. Uma coisa é certa: a meio desta época nunca pensei sair, porque queria muito ganhar este campeonato.


"Temos espírito de campeão"


Este foi o campeonato mais difícil de ganhar?
É injusto dizer-se isso, porque ficaria subentendido que os outros foram fáceis, o que não corresponde à verdade. Este foi o mais renhido, mas não o mais fácil. A diferença é que nos anos anteriores, em determinados momentos, os adversários facilitaram e nós aproveitámos. Esta época aguentaram-se melhor e acabámos por ser mais fortes nos confrontos diretos. Foi um ano complicado, mas não gosto de comparar com os outros, porque as circunstâncias são diferentes.
Depois da derrota em Barcelos, o FC Porto ficou a cinco pontos do Benfica e tinha de jogar na Luz. Nessa altura, ainda acreditava no título?
O facto de irmos jogar à Luz foi um dos aspetos a que nos agarrámos naquele momento, porque sabíamos que, com a nossa qualidade, tínhamos condições para ir lá vencer e, desse modo, ficar a apenas dois pontos, mesmo que o Benfica tivesse vencido todos os jogos até lá. É verdade que depois do jogo com o Gil Vicente sentimos que tínhamos dado um passo atrás, mas continuámos a acreditar. O campeonato estava competitivo e sabíamos que eles iam perder pontos. Só tínhamos uma solução: vencer todos os jogos até ir à Luz e decidir lá o campeonato. E foi isso que aconteceu. Aqui, desde que cheguei, lutámos sempre até ao fim, até ao último segundo das nossas forças. Se não conseguirmos vencer, por algum motivo, temos pelo menos de ter tentado. Neste clube dá-se sempre mais, porque um jogador à Porto acredita até ao fim. É este o espírito que é incutido no balneário; os mais velhos passam essa mensagem aos mais novos.
Concorda que o jogo da Luz foi o momento-chave da época?
Diria antes que foi um momento importante. Uma época tem 30 jogos e podíamos ter vencido lá e, mesmo assim, não ganhar o campeonato. Era um jogo importante, sem dúvida, e frente a um adversário direto. Se vencêssemos passaríamos a depender apenas de nós, mas, por exemplo, o jogo em Braga também foi muito importante nesta caminhada. Fizemos uma grande exibição e conseguimos vencer um adversário complicado.
O FC Porto empatou apenas dois jogos no confronto com os principais adversários...
É nestes grandes jogos que os melhores jogadores aparecem. Temos um coletivo muito forte, mas também temos jogadores que podem decidir um jogo a qualquer momento. Neste clube, há também um espírito de campeão. Temos jogadores experientes e que já ganharam muitos campeonatos. Penso que foi essa experiência, espírito e vontade que fizeram a diferença nos momentos cruciais.
Antes do clássico da Luz, o Benfica tinha perdido cinco pontos em Guimarães e Coimbra. Sentiram que o adversário estava a vacilar?
Não quero ser injusto com os profissionais daquele clube, até porque amanhã podem estar a jogar aqui comigo. Respeito toda a gente, mas não podemos negar que aqui, no FC Porto, quando chega a hora da verdade, correspondemos sempre à altura.


Continuidade de Vítor Pereira é "uma boa notícia"


Apesar de ter sido relegado para o banco de suplentes na fase final da temporada, Rolando só tem elogios para Vítor Pereira. O central reconhece que o início da época não foi fácil, mas atira aquele que foi, para si, o principal feito do treinador: o de saber aguentar a exigência e pressão de um clube como o FC Porto. Por tudo isto, Rolando entende que a continuidade de Vítor Pereira na próxima época é uma notícia natural. "Esta época, com a mudança de treinador, foi complicado no início, porque tivemos de assimilar novos métodos e ideias. Sendo assim, a continuidade de um treinador é sempre uma boa notícia, porque ele já conhece o grupo, e os jogadores já se identificam com ele. Ainda por cima foi campeão no primeiro ano em que treinou na primeira divisão... Não sei se mais alguém conseguiu tamanho feito. Para além disso, conseguiu ser campeão num clube muito exigente, em que a pressão para ganhar é tremenda. Está de parabéns pelo que conseguiu alcançar", concluiu.


"Maicon não surpreende, só precisava de confiança"


O afastamento de Rolando do onze inicial está também ligado ao crescimento que Maicon teve ao longo desta época. Apesar de ser um concorrente direto por um lugar no centro da defesa, o internacional português não teve problemas em elogiar o companheiro de equipa, até porque já estava à espera desta demonstração de qualidade. "Não fiquei surpreendido com o Maicon, de maneira nenhuma. Aliás, no início da época disse que tínhamos grandes jogadores para a posição de defesa-central. E se recuarmos ainda mais no tempo, quando o Bruno Alves foi vendido, também tinha dito que o FC Porto não iria sentir a sua falta, porque tínhamos no plantel jogadores de grande qualidade, como é o caso do Maicon. Ele só precisava de confiança e, depois de a ganhar, demonstrou ser um jogador com capacidade para estar no FC Porto. Duvidaram muito dele no início, mas ele provou toda a sua qualidade ao longo desta época", referiu 


in "ojogo.pt"