Há muito que não se via, no futebol português, tamanha diferença entre os dois primeiros e todos os outros.
Esta jornada reforçou essa tendência. O Braga, a viver época menos entusiasmente para a Liga portuguesa, baqueou em casa perante o Benfica. O Sporting, afinal, não retomou um caminho único de vitórias desde que Jesualdo tomou o lugar da vítima Vercauteren.
O triunfo do Benfica em Braga e esta confortável vitória portista frente ao Gil Vicente voltaram a provar que a história desta Liga 12/13 se resuma a uma luta entre os dois grandes rivais do futebol português das últimas décadas.
Mérito de Benfica e FC Porto? Com certeza que sim. Por muito que vejamos, também, uma perda de competitividade geral do campeonato (isso parece claro se olharmos os desempenhos de Braga, Sporting e V. Guimarães), há um indiscutível mérito de benfiquistas e portistas, que estão a assinar uma época de grande qualidade (demonstrada, de resto, no clássico da Luz, um dos melhores dos últimos anos).
A goleada imposta pelo FC Porto ao Gil Vicente é, neste contexto, muito fácil de explicar. Os dragões foram melhores em tudo: no futebol praticado, na capacidade de concretizar as oportunidades criadas, na beleza do jogo exibido.
Esta tinha tudo para ser a noite perfeita para a estreia de Liedson. Jogo de dificuldade baixa, adeptos ansiosos por ver o Levezinho de azul e branco vestido. Mas a burocracia não ajudou e, à custa do atraso do envio do certificado, a estreia do novo número 19 do FC Porto vai ter que ser feita em partida teoricamente mais complicado (possivelmente já em Guimarães).
Mas nem foi preciso o sentido de oportunidade de Liedson para golear. Danilo abriu em lance de profundidade, Vítor Vinha deu ajuda inadvertida em autogolo, Defour faturou com golaço, Varela dilatou, Jackson fechou em beleza.
Tudo normal, tudo fácil. Só não é bom para a qualidade do campeonato que estas diferenças se repitam muitas vezes.
in "maisfutebol.iol.pt"